domingo, 30 de dezembro de 2012

▬ O que Aconteceu ao Homem Mais Rápido do Mundo? ( Whatever Happened to the World's Fastest Man? )


Roteiro: Dave West
Arte: Maureen Lowe

Quando se usa o termo “O Homem Mais Rápido do Mundo” a primeira coisa que vem na cabeça de muita gente é o Flash, da DC, e com razão, já que está é a alcunha do velocista escarlate. Mas está é uma história diferente, que não tem nada a ver com o herói da DC. Essa é uma história de um cara comum, que tem o poder de parar o tempo, ele mesmo não sabe se isso é uma maldição ou uma benção, mas independente disso, ele prova ser um herói.
Há uma lenda urbana que perambula que existe alguém tão rápido que ninguém consegue vê-lo, no máximo alguns borrões captados pelas câmeras de segurança, e esta pessoa seria um grande herói. Pois em um acidente de trem, todos os passageiros foram salvos sem nenhum arranhão, de maneira inexplicável, pois em um instante estavam dentro do trem, pronto para colidir e num piscar de olhos todos estavam a salvo e o trem todo espatifado. Seria isso um milagre? Algumas pessoas afirmam terem visto um homem carregando-as para esse lugar seguro, mas viram apenas o seu vulto. Esse homem, que ninguém sabe se existe ou não é Bobby Doyle. Ele não sabe como adquiriu seus poderes, só sabe que pode parar o tempo ao seu redor. E com isso ele vem fazendo seus feitos de herói, ajudando as pessoas, sem que ninguém saiba disso, ele não usa uniforme, não se apresenta ao público, pois ninguém consegue vê-lo. 

Mas o ápice da história começa quando um cientista/ terrorista implanta uma bomba poderosíssima que vai devastar a cidade toda em uma hora, e o pior é que ninguém pode desarmá-la. Bobby assiste a noticia pela televisão enquanto almoça, e logo sabe que é o único que pode fazer algo á respeito. O problema é que quando Bobby usa seus poderes, ele arca com as conseqüências dele, como por exemplo, a passagem do tempo. Enquanto tudo está parado no ‘nosso mundo’, no dele o tempo corre normalmente. Minutos podem equivaler a anos. Então nesses próximos 60 minutos, o nosso herói passará por uma imensa provação, pois além do tempo passar normalmente para ele, tudo no mundo de Bobby fica parado. Tudo mesmo. Tudo é um repleto silêncio, um mundo parado como em uma foto. E nesta hora, ele vai refletir muito sobre a vida, o mundo, as pessoas, emoções, desejos.

O desfecho da história é emocionante, e nos mostra o que é ser um herói de verdade, bem próximo da nossa realidade, o tipo de herói que faz o que tem que ser feito, independente de reconhecimento ou fama, ele faz os sacrifícios necessários. Pois são heróis, pessoas assim que fazem com que o nosso mundo continue a girar. (Recomendado.)

" E de qualquer forma, todos os super-heróis, precisam fazer sacríficos por aqueles que amam.
É a única regra que os super-heróis nunca podem quebrar. "

▬ As The World Falls Down - Cena do Baile, no filme Labirinto.

Já faz alguns dias que postei uma resenha falando do filme Labirinto ( Labyrinth, 1986), protagonizado por Jennifer Connelly  e David Bowie. Uma das cenas mais marcantes para mim, é o baile de máscaras, quando Jareth na tentativa de atrasar Sarah a coloca dentro de uma bolha, e acaba mexendo com seus sonhos, desejos e fantasias. É uma das cenas mais belas que já vi, toda vez que vejo algo sobre o filme, é esta cena que me vem à cabeça, ainda mais embalada pela música " As The World Falls Down ", do próprio Bowie.


" Enquanto Cai O Mundo "


Há um amor tão triste
Profundamente em seus olhos.
Um tipo de jóia pálida
Aberto e fechado
Dentro de seus olhos.
Eu colocarei o céu
Dentro de seus olhos.

Há um coração tão enganado
Batendo tão rápido
À procura de sonhos novos.
Um amor que durará
Dentro de seu coração.
Eu colocarei a lua
Dentro de seu coração.

Enquanto a dor varre,
Não faz sentido pra você.
Toda emoção foi.
Não era muita diversão mesmo,
Mas eu estarei lá para você
enquanto o mundo cai.

Caindo.
Se apaixonando.

Eu o pintarei manhãs de ouro.
Eu o girarei noites de Namorados.
Embora nós sejamos estranhos até agora,
Nós estamos escolhendo o caminho
Entre as estrelas.
Eu deixarei meu amor
Entre as estrelas.

Enquanto a dor varre,
Não faz sentido pra você.
Toda emoção foi.
Não era muita diversão mesmo,
Mas eu estarei lá para você
enquanto o mundo cai.

Caindo
Enquanto o mundo cai.
Caindo
enquanto o mundo cai.
Caindo.
Caindo.
Caindo.
Se apaixonando
Enquanto o mundo cai.
Caindo.
Caindo.
Caindo.
Caindo.
Se apaixonando
Enquanto o mundo cai.
Não faz sentido nenhum mesmo.
Não faz sentido nenhum para cair.
Caindo
Enquanto o mundo cai.
Caindo.
Se apaixonando
Enquanto o mundo cai.
Caindo.
Caindo
Se apaixonando
Enquanto o mundo cai.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

▬ Labirinto - A Magia do Tempo ( Labyrinth, 1986)


Direção: Jim Henson
Elenco: David Bowie, Jennifer Connelly,Toby Froud.

Temos atrás, quando criança eu me lembro do fato de ter assistido a esse filme, mas sinceramente não me recordava de nada do mesmo, só me lembrava que ele tinha um visual incrível. Pois bem, peguei o DVD do mesmo, e lá fui eu me aventurar em assisti-lo.
Foi como voltar no tempo, resgatar algo perdido.

O filme tem como protagonista a jovem Sarah (Jennifer Connelly) que após um desentendimento com os pais tem que ficar de castigo em casa para cuidar do seu irmãozinho mais novo. Ela fica enfurecida com isso e começa a recitar algumas frases de um livro chamado Labirinto, pedindo para que os duendes levassem seu irmão, assim ela ficaria em paz. Claro que ela fala isso “da boca para fora”, mas para a surpresa da mesma, isso realmente acontece. E assim como na fábula seu irmão é raptado pelos duendes, e eis que surge Jareth - O Rei dos Duendes (David Bowie), diz que se Sarah quiser ver o seu irmão novamente, terá que ir buscá-lo, mas para isso a garota terá que passar por um extenso labirinto. Se ela falhar, seu irmão se transformará em um duende. Jareth fará de tudo para atrapalhar a vida de Sarah na busca pelo seu irmão.A premissa é básica, nada complexa, e na verdade nem precisava ser, pois é aí que está toda a magia do filme.
O filme conta com cenários esplendorosos, tudo muito bem trabalhado, trazendo aquela sensação de uma utopia, um mundo fantasioso muito belo, muito perigoso, muito mágico. As criaturas ali são demais, muito bem trabalhadas, com bonecos dos mais diversos tipos, já que tinha na direção Jim Henson (criador dos Muppets) e contava com a produção de George Lucas.O que falar então da trilha sonora? Minha nossa, as músicas são um dos pontos fortes do filme, já que maioria destas são compostas e interpretadas pelo próprio Bowie. Os personagens Sarah e Jareth são marcantes, e não há como não se impressionar com a cena da dança, que é perfeita ao som de “As The World Falls Down” e todo o encantamento que aquele momento reproduz. Os coadjuvantes não ficam por menos, são bem marcantes e interessantes como o Hoggle, Ludo, Sr. Didymus e Ambrosius, todos que ajudam Sarah em sua empreitada pelo labirinto.
Olhando assim logo de cara, pode parece um filme bobo, mas definitivamente não é. Apesar de toda sua inocência, ele tem várias mensagens ali, pois Sarah passa por diversos testes durante a sua jornada, sobre os pensamentos e modos de vida de todo o mundo. Mas o que predomina, é a sensação de fantasia, magia que o filme nos proporciona. Mesmo adulto, assistindo ao filme, me senti revigorado, como se tivesse reencontrado algo perdido ali, talvez essa essência da inocência, de brincar, sonhar. 

Quando chegamos ao final do filme à própria Sarah se questiona isso, às vezes precisamos de algo sem ao menos saber o porquê, só sabemos que precisamos, já que ela mesma não sabe se está sonhando ou se é realidade, mas tem a certeza que os amigos que ela criou ali, naquele labirinto serão necessários na sua vida ‘real’, fora do labirinto.
O que vou levar desse filme é isto, todo esse mundo imaginário, fantasiar outras realidades, que às vezes se torna necessário na realidade, já à medida que vamos crescendo, assumindo responsabilidades, ocupando nossas vidas com os afazeres mundanos, vamos deixando de sorrir aos poucos, já que vamos aos perdendo em nossos próprios labirintos. Relembrar que é possível reviver essa sensação gostosa de sonhar, é incrível.

" Passei por imensos perigos

E inúmeras dificuldades pra chegar até aqui,

No castelo da cidade dos duendes

E retomar a criança que você roubou,

Meu reino é tão grande quanto o seu,

E minha vontade é tão grande quanto a sua,

Você não tem poderes sobre mim,

Não tem poderes.... "


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

▬ É um Pássaro... - ( It's a Bird...)



Autores: Steven T. Seagle (roteiro) e Teddy Kristiansen (arte)

Nunca tinha escutado falar em tal obra, vi o anuncio e de certa forma me chamou a atenção, logo fui e comprei a HQ. Gostei da sinopse, e ao ler, fiquei embasbacado com tamanha qualidade. Vamos a ela.

Trata-se de uma história autobiográfica, em que Steven, que é roteirista de HQs recebe a proposta de fazer histórias do Superman. Assim a primeira vista, parece uma oportunidade de ouro, afinal que roteirista não iria querer trabalhar com o maior ícone do mundo dos super-heróis? Pois é, mas este não é o caso de Steven, que odeia o personagem e não o vê como um "herói", então ele fica na dúvida de aceitar essa proposta.

Ele alega que o Superman é um personagem fraco de personalidade, que não tem carisma, e que se utiliza de seus poderes altamente exagerados para impor as suas vontades, e Steven não vê graça alguma nisso. Mesmo alegando tudo isso, o seu chefe pede para ele pensar um pouco mais a respeito, e lhe dar a resposta daqui um certo tempo.


Mas a ligação de Steven e Superman é muito mais do que isso, mais do que uma proposta de trabalho. O herói está ligado ao passado do autor, de uma maneira muito forte, que nos é mostrado aos poucos no decorrer da trama, que trata de assuntos familiares, doenças, convívios, relacionamentos. Enquanto repensa em tudo isso, em sua vida pessoal, sua família, Steven tenta criar algum elo com o herói. E será que em algum momento, o Superman faria sentido para Steven? Por que criaram o Superman? O que um herói da ficção pode fazer pelas pessoas “reais”? Este são os dilemas que Steven leva consigo, assim tentando entender a ficção com realidade e vice-versa.

O final da HQ é lindo, com um desfecho pra lá de emocionante, do qual não só Steven, mas o leitor também acaba por descobrir porque o Superman existe.


   “Tempo Junto é tudo o que duas pessoas irão ter.”

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

▬ A Estrada - ( The Road, 2009)




Direção
John Hillcoat
Roteiro
Joe Penhall, Cormac McCarthy (livro)
Elenco
Viggo Mortensen, Kodi Smit-McPhee, Charlize Theron, Robert Duvall, Guy Pearce, Michael K. Williams, Garret Dillahunt

O planeta Terra está morto. As imagens do planeta repleto de azul por seus imensos oceanos ou por suas grandes florestas verdes não passam de uma meras lembranças, já que a realidade de hoje não se resume as cores azul ou verde, só há uma cor predominante, que é o cinza.

Por obra do próprio homem o mundo que ele conhecia se extinguiu agora reduzido a cinzas, um mundo devastado e condenado, pois não há mais energia, água , combustível , comida , não há mais árvores, tudo se resume a um grande vazio preenchido pela cor cinza.


E nesse mundo caótico poucos são os sobreviventes deste apocalipse, e dentre eles estão um pai e seu filho vagando , seguindo em frente. Estes são os protagonistas do filme. Os dois apesar das adversidades tendem a seguir em frente, o pai diz para o filho que eles tem de continuar pela estrada, seguindo em direção ao sul, para o litoral e que lá talvez eles encontrem uma “salvação”.

Ao seguirem pela estrada, eles além de já contarem com a falta de tudo no mundo, tem que lidar com outros sobreviventes, que assim como eles só querem continuar a sobreviver, mas alguns destes, devido a  escassez de alimentos se tornaram adeptos do canibalismo e assim caçam outros humanos, ou seja pai e filho em meio ao caos, ainda se tornam alvo de outros humanos em um mundo aonde as leis e princípios foram extinguidos.

Um filme como poucos, pois retrata um futuro pós apocalíptico bem próximo da nossa realidade, assim nos fazendo refletir bastante sobre nossos atos perante a sociedade que nos cerca, que de certa forma nos serve de alerta. Só uma observação , a atuação de Viggo Mortensen (pai) está impecável assim juntamente com Kodi Smit-McPhee (filho).


Apesar de tudo, o que predomina é a relação pai e filho, pois mesmo com todo o holocausto instalado em um mundo sem cores, o amor e carinho entre eles fazem com que ambos sigam em frente. Nos mostram também o quanto um filho pode aprender com um pai, mas ainda mais quanto um filho pode ensinar lições a um pai, e ao decorrer da história fica evidente que a vida de um, se justifica pela existência do outro.


domingo, 2 de dezembro de 2012

▬ O Menino Que Coleciona Homem-Aranha ( The Kid Who Collects Spider-Man)



Roteiro: Roger Stern , 
Desenhos: Ron Frenz
Arte Final: Terry Austin

O que um herói pode representar para alguém?
Ao me deparar com essa história em quadrinhos do Aranha, fiquei muito impressionado e tocado, pela sinceridade e simplicidade como ela nos é mostrada. Vamos à ela.
 Após ler uma reportagem do próprio Clarim, o Amigão da Vizinhança acaba sabendo que existe um menino muito especial, ele tem nove anos de idade e seu nome é Timothy Harrison,que visivelmente é um dos seus maiores fãs do herói, ele coleciona tudo relacionado ao herói, tendo diversos itens raros como, antigos recortes, algumas coisas que fizeram parte de algum ato de heroísmo do Aranha, tudo isso documentado e guardado com muito carinho.
Mas Tim Harrison tinha um grande sonho, e não só ele, mas o de muitos, conhecer o Homem-Aranha. E certa noite, o cabeça de teia, vai até o quarto de Tim para conhecê-lo.
A história é curta, cerca de doze páginas, mas é certo que elas marcam o leitor, pois o encontro entre os dois faz todo aquele lance de ficção x realidade que todos nós que lemos quadrinhos, assistimos filmes nos perguntamos; Mas é se ele existisse mesmo hein? O Garoto representa esse nosso lado, de sonhadores, de fãs, que tem ali a esperança personificada em acreditar em um símbolo como o Homem-Aranha. Imagina só, conhecer o Amigão da Vinhança? Seria demais.
Ao chegar ao final da história é difícil não se emocionar/chorar sendo adulto ou criança, pois pelo jeito simples, a sinceridade sobre a visão de Tim sobre o Aranha, e assim ele ganha nosso prestigio facilmente.  É uma das histórias mais bonitas e emocionantes dos quadrinhos, que merece ser lida, não há ação, nem super-vilões, e nos mostra que infelizmente, nem sempre podemos vencer certos obstáculos, nem mesmo sendo o Homem-Aranha.E o mais importante, a mensagem que a HQ passa, é que por mais simples que possa parecer, às vezes um gesto, isso mesmo, um gesto pode representar muito para alguém, para que essa pessoa siga sonhando.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

▬ Argo , 2012


Direção
Ben Affleck
Roteiro
Chris Terrio, Joshuah Bearman
Elenco
Ben Affleck, Alan Arkin, John Goodman, Bryan Cranston, Tate Donovan, Taylor Schilling, Nelson Franklin, Kerry Bishé, Kyle Chandler, Rory Cochrane, Christopher Denham, Clea DuVall, Victor Garber, Zeljko Ivanek, Richard Kind

Eu tinha escutado em algum lugar que esse filme era muito bom, e que o Ben Affleck tinha se superado como ator e diretor.  Não sabia do que se tratava o filme, acabei assistindo o filme no cinema meio que por acaso, sem expectativas, sem cobranças, e acabei me deparando com um dos melhores filmes deste ano de 2012, claro na minha opinião.


O filme é baseado em uma história real, ocorrida em 1979/1980 no Irã, quando os iranianos exigiam que os Estados Unidos libertassem o xá Pahlevi, ( que havia que havia sido expulso pelo aiotolá Khomeine), devido a sua conduta de ditador durante todos os anos de seu governo. Com a negação da liberação por parte dos Estados Unidos, os iranianos invadiram a embaixada americana e fizeram todos reféns, menos seis americanos que conseguiram fugir e se refugiar na embaixada do Canadá.

Logo, os Estados Unidos tinham que resgatar esses ”sobreviventes, fugitivos” e para isso chamam um especialista em resgates, Tony (o personagem de Bem Affleck), e então após discutirem muitas idéias e planos, nada parecia se encaixar ao propósito, e Tony tem a idéia de usar o pretexto de fazer um filme de ficção no Irã, um longa que se chamaria Argo, que nada mais era do que uma cópia de Star Wars, então a produção teria que ir até o Irã, para ir em busca de locações para o “filme”.  Ele iria até lá como produtor, e resgataria os seis refugiados, dizendo que os mesmos eram parte da equipe de produção de Argo. Parecia à idéia mais absurda e desmiolada a primeira vista, mas dentre as opções, como eles mesmos dizem, essa é a melhor das nossas piores opções. 


O clima de tensão durante o filme é impressionante, pois os refugiados não podem nem colocar a cara na janela, pois se os iranianos verem, os mesmos seriam caçados e torturados. Todo esse clima de guerra, revolta, indignação, é mostrado com muita veracidade durante o filme. São apresentados todos os bastidores, os noticiários, os líderes de cada uma das nações mostrando as suas posições em relação a esse impasse, com mais de 50 americanos feitos de prisioneiros, os jornais e todos os outros meios de comunicação expondo a situação o tempo todo. É tudo muito bem feito, a carga dramática não é pouca. Mas o filme conta também com alguns momentos bem engraçados, com muitas piadinhas sobre Hollywood, muito bem feitas, sempre na hora certa, pois o filme não fica engraçado, ele tem momentos cômicos, que logo são substituídos pelo drama.


Ben Affleck e todo o elenco representaram muito bem os seus devidos personagens, (tanto que nos créditos aparecem às fotos das pessoas reais que fizeram parte desse fato histórico), os atores escolhidos são idênticos, e não só isso, várias cenas foram retratadas com fidelidade, nota-se que houve uma pesquisa minuciosa para a produção. A trilha sonora também está muito legal, sempre presente e acompanha o ritmo da trama.


Argo é um filme muito consistente, de alta qualidade, que conta com um Ben Affleck inspiradíssimo tanto na atuação quanto na direção, que acaba nos mostrando que em alguns casos a ficção pode sim, fazer uma grande diferença no mundo real quando o ideal é verdadeiro.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

▬ Homem-Aranha: Azul - ( Spider-Man: Blue, 2002)


Roteiro: Jeph Loeb
Arte: Tim Sale


As coisas pioram muito, muito mesmo antes de começarem a melhorar.” – Peter Parker.



Eu estive muito tempo afastado das HQ’s, e por conta disso acabei perdendo a chance de ler algumas histórias que marcaram época. Desde então venho tentando “recuperar” esse tempo, comprando encadernados e quando não é possível, acabo recorrendo aos scans. Bem, tudo isso foi para dizer que no meio dessa busca por alguns títulos, acabei vendo que sempre era mencionado Homem-Aranha: Azul, o pessoal sempre comentando, falando que era uma leitura pros fãs do Aranha. Pois bem, acabei indo atrás e li. O Homem-Aranha era meu super herói favorito quando criança em seguida vinha os X-Men, ambos foram os responsáveis pelo meu gosto por HQ’s. Eu posso não ter lido todas as histórias do Amigão da Vizinhança, mas sem dúvida essa foi à melhor que eu já li, e vou explicar o porquê. 

Com roteiro de Jeph Loeb e desenhos de Tim Sale, dupla conhecidíssima da nona arte, entregam aqui uma obra única, que a meu ver tanto o texto, quanto os desenhos casam perfeitamente. Um verdadeiro clássico.
A obra já me conquistou de cara, pois ela se inicia com uma narrativa em primeira pessoa. É dia dos namorados, e Peter Parker se lembra de Gwen Stacy, sua primeira namorada, o seu primeiro grande amor. Ele narra que em todo dia dos namorados ele vai até o local onde ela faleceu (resultante de um confronto com seu arqui-inimigo o Duende Verde) para lhe fazer uma visita e deixar uma rosa a mesma. Este fato mudou para sempre a vida do Aranha, a morte de Gwen.
Ele pega um gravador velho e começa a relembrar alguns fatos de sua vida em relação à Gwen, como se ele estivesse falando com ela, como se ela estivesse ali do seu lado naquele instante. Essa é a narrativa da história, Peter lembrando como conheceu Gwen, como se apaixonaram e o quão importante ela foi (é) importante na sua vida. Ele narra também que nessa mesma época conheceu Mary Jane Watson, que viria a se tornar a mulher da sua vida, sua esposa, e como ele ficou em dúvida entre essas duas mulheres.
Como eu havia dito, ele começa se lembrando dela, e o texto têm um tom de sinceridade e sentimentalismo que toca profundamente quem está lendo, pois estamos habituados a ver o Aranha, forte, lutando, e fazendo piadas, e é espantoso como exploraram bem esse lado sentimental do personagem, não há como não se afeiçoar a ele.
O que sempre marcou o personagem foi a sua simplicidade e isso se confirma aqui. Peter vai falando de suas lembranças e isso fica ainda mais evidente, pois várias das situações que ele passou, fazem parte do nosso cotidiano, não ter dinheiro, chegar atrasado, brigar com o chefe (enfrentava J.J. Jameson que se recusava a pagar pelas fotos de dele, e ainda acusava seu alter-ego de ser uma ameaça), ser motivo de piada pelo pessoal da escola, principalmente por Flash Thompson.
E além de tudo isso, todos os problemas que nós podemos ter, ele ainda tem que enfrentar os super-vilões como Duende Verde,Lagarto, Rino, Abutre..
 Mas em meio a tudo isso, mesmo com tantas coisas contra, Peter conheceu Gwen, e é justamente isso, que durante a obra nos é mostrado, todos os seus pensamentos, anseios dele em relação a ela, o “nerd” que sonhava em namorar a menina mais bonita da escola, aquele sonho sabe? 
A história não é sobre a morte de Gwen, e sim sobre a saudade, a lembrança, a falta e a importância que ela teve/tem na vida de Peter Parker e de todos que a conheciam. Esta história é uma grande lição de vida, que nos mostra como conviver com a perda, e o quanto as pessoas importantes não devem ser esquecidas, devem ser amadas para sempre, como o próprio Peter diz:

As pessoas ficam nas nossas vidas pelo tempo que são lembradas. E eu não quero te esquecer, Gwen. Fica comigo..” - Peter Parker

Não é porque um amor que não deu certo precisa ser esquecido, ele pode ser lembrado sempre, e não há mal algum nisso. Outro ponto é que a história também passa a mensagem de que devemos estar de olho ao nosso redor, pois há pessoas que talvez estejam apenas esperando uma chance para serem amadas e por muitas vezes não as notamos. Ao chegar às últimas páginas, a história chega ao seu ápice e confesso que ao ver Peter falando daquele jeito, com todo o seu coração, enquanto ele “fala” com Gwen, uma conversa que nunca aconteceu, onde ele entregou-se a esse amor, lutou com vilões, enfrentou tudo e a todos, e que a sua vida mudou para sempre mediante ao fato de ter namorado e amado aquela mulher,o quanto ela mudou a sua vida. Tudo isso me fez ficar com os olhos marejados e conseqüentemente lágrimas escorreram de uma maneira tão natural que até me espantei, os últimos momentos da HQ são lindos.
É uma HQ como poucas, que marcou demais para mim. Ela deve ser apreciada com o coração, e levada para o resto da vida. Se você não leu, corra atrás, se já leu, leia de novo, pois vale à pena, não é uma recomendação e sim um pedido. A cor azul nunca mais vai ter o mesmo sentido para mim...

"Acho que, quando tento entender... entender como me sinto às vezes nesta época do ano, eu me sinto triste. Como a cor azul. Não que eu não goste de azul, mas... é uma cor triste. Como o Jazz... Como o Blues..."  
- Peter Parker.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

▬ Incontrolável - ( Unstoppable, 2010 )


Direção: 
Tony Scott
Roteiro: 
Mark Bomback
Elenco: 
Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson, Ethan Suplee, Kevin Dunn, Jessy Schram, Kevin Corrigan, Lew Temple

Quem não se lembra do filme "Velocidade Máxima" Com o astro Keanu Reeves e Sandra Bullock, aquela adrenalina toda, um ônibus que não podia parar de maneira alguma, senão uma tragédia sem proporções viria a acontecer. Saudades mesmo foi um filme marcante. Tentaram fazer alguns no mesmo estilo com todos os tipos de veículos desenfreados e loucos, mas sem o mesmo charme. Foi taxado que esse tipo de filme nunca mais iria fazer sucesso. Mas é ai que você se depara com uma grande surpresa: Incontrolável.


O filme conta com um roteiro simples, mas que funciona perfeitamente. Um funcionário desatento deixa por acidente um trem sair e com isso ele começa a ganhar velocidade, mais e mais até que se torna uma ameaça para todos da região, pois ele carrega uma carga tóxica altamente inflamável. E ai que aparecem os dois protagonistas do filme interpretados por Denzel Washington e Chris Pine. O primeiro um veterano dos trilhos, o segundo um novato tentando mostrar serviço, mostrar seu valor, após algumas desavenças entre ambos, eles se vêem envolvidos com o problema que está acontecendo com o trem. (o que está andando por ai sozinho ligado na velocidade máxima.)

A trama e as cenas são bem feitas, prendem quem está assistindo, pois funcionam de maneira simples, mas passa uma realidade extrema, você sofre com os personagens e acaba torcendo por eles, sente aquela adrenalina nos momentos críticos, a medida que suas histórias e segredos vão sendo reveladas aos poucos, dando mais ênfase a carga emocional. Você fecha os olhos, dá socos na cadeira, talvez grite tamanha a atmosfera de tensão que é passada ali.

E lembrando que a direção é de Tony Scott, grande diretor que se foi há pouco tempo, mas que deixou ótimos filmes durante a sua carreira, e Incontrolável, é um deles.

domingo, 18 de novembro de 2012

▬ A Entidade - ( Sinister, 2012)


Direção:
Scott Derrickson
Roteiro:
C. Robert Cargill, Scott Derrickson
Elenco:
Ethan Hawke, Clare Foley, Fred Dalton Thompson, James Ransone, Juliet Rylance, Michael Hall D'Addario, Vincent D'Onofrio.

A premissa do filme apesar de um pouco batida é interessante, um escritor de thrillers policiais, que anda sem ideias para o seu novo livro, e se muda para uma casa onde aconteceu uma tragédia ( uma família inteira foi morta de maneira brutal ) e ele quer usar isso como “inspiração” para o seu novo livro, ainda mais quando ele encontra uma caixa cheia de fitas antigas que podem ter ligação com a tragédia ocorrida na residência.


Logo o escritor (Ethan Hawke), começa a ir a cada vez mais fundo ( tendo em mente que assim ele coletaria mais conteúdo para o seu livro), à medida que vai se deparando com algumas coisas macabras. O clima que é construído durante o filme é bom, e tem toda aquela tensão, de que algo vai aparecer no canto, ou quando algum personagem se virar vai dar de cara com algo. Ethan Hawke até que está bem no papel do escritor, ele consegue passar toda a tensão que começa a cercar o personagem. A medida que ele descobre algo novo, ele quer ir até o fim naquilo, mais e mais e as coisas começam a fazer sentido, coisas sobrenaturais. Mas por incrível que pareça a meu ver é aí que o filme se perde. Ao explorar essa parte do sobrenatural, o filme peca, pois não explora isso tão bem, as coisas não ficam muito bem amarradas, ou melhor, não chegam a causar o impacto esperado, pela expectativa que o longa construiu até ali.


Eu particularmente achei o final bem fraco, parece que terminaram as pressas, sem qualquer preocupação. O filme caminhou muito bem, mas se perdeu ao tentar colocar essa parte sobrenatural, dá a impressão que se fosse apenas um filme policial, ou de um psicopata, serial killer, o filme teria feito mais sentido, e ficaria muito mais consistente. O charme do filme se perdeu justamente pelo o que ele mais prometeu, mas não cumpriu.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

▬ A Morte do Superman Vol.1 ( The Death of Superman)



Roteiro: Roger Stern, Dan Jurgens, Jerry Ordway e Louise Simonson 
Desenhos:  Dan Jurgens, Tom Grummet, Jon Bogdanove e Jackson Guice, Bret Breeding, Dennis Janke, Doug Hazlewood e Denis Rodier (arte-final)

Mito. Essa palavra pode ser capaz de mensurar o que o Superman representa, afinal, ele é o primeiro e maior herói de todos os tempos. Com poderes de um Deus, com um senso de ética e moral inabaláveis, justiça, força, e acima de tudo, alienígena, ainda assim, com todos os itens para ser o dono de um mundo, Clark Kent/Kal-el é o mais humano dos humanos. Aprendeu a bondade dos homens com seus pais adotivos Jonathan e Martha Kent. Ele já superou diversos vilões, situações catastróficas, mas sempre resistiu, afinal, ele é o Superman. Invencível?  Invulnerável? Nem tanto...

Uma equipe de roteiristas se propôs a algo ousado, matar o Superman. E na época em que essa idéia veio a tona, toda a mídia tratou de publicar algo a respeito. E não é a toa, matar um mito, a personificação do termo Super Herói, é uma proposta um tanto ousada.
Mas vamos ao encadernado! Nesse primeiro volume que a Panini nos trouxe, reúne 3 arcos: “A Morte do Superman”, “Funeral Para um Amigo” e o começo de “ O Retorno  do Superman” Agora um pouco de cada um.

- A Morte do Superman: Este primeiro arco tem como foco principal, como o próprio nome já diz o embate definitivo do homem de aço. Nele nos é apresentado a criatura chamada Apocalipse, que é dotado de uma força bruta invejável e uma sede de destruição insaciável. Logo ele sozinho derrota alguns dos membros da Liga da Justiça, e por onde passa deixando um rastro de destruição. Cabe então ao Superman, a missão de parar tal monstro.
As cenas de ação são bem construídas, e na mesma proporção são muito bem desenhadas. O Embate se estende por todo o estado até chegar em Metrópolis. Na maior parte do tempo, pode parecer apenas uma seqüência gratuita de pancada e destruição, mas de certa forma é realmente isso, só que conciliado a uma carga dramática, pois o invencível Superman diz em determinado momento: “Quanto mais eu bato nele, mais parece que eu me machuco.”, evidenciando o drama, do ser mais poderoso, e porque não, mais humano, ir tombando aos poucos enquanto luta para salvar a todos. A seqüência final do combate é emocionante, e culmina em uma das maiores tragédias do mundo dos heróis.

- Funeral para um Amigo: Após a tragédia, ocorre o funeral, no qual todos os heróis do universo DC prestam suas condolências ao maior herói de todos os tempos. Mas o maior destaque desse arco é como o mundo lida com a perda de seu herói. O mundo chora. Como serão as coisas daqui para frente? E nesse mundo, com certeza quem mais sente essa perda são os Kent e claro, Lois Lane. O drama que nos é apresentado, deles tentando lidar com a dor, tentando seguir suas vidas, recorrendo a lembranças e lágrimas é tocante, pois eles além de perderem o Superman, perderam ainda mais, pois Clark Kent se foi.


- O Retorno do Superman: Aqui vemos o mundo desolado sem o homem de aço, e com isso surgem quatro novos “heróis”, que tentam suprir essa falta, todos ostentando o título de Superman. Temos Aço, Erradicador, Super Cyborgue e Superboy. Cada qual é apresentado de uma maneira diferente, mostrando a diversidade entre eles, e claro, as diferenças junto ao Superman. São pequenas histórias separadas dos quatro, mas que se intercalam, pois o mundo começa a acreditar que o Superman voltou. E claro, deixa um gancho para a conclusão da saga da Morte do Superman no volume 2.


A Panini fez um ótimo trabalho. A edição definitiva volume 1 está caprichada, contém alguns extras bacanas. Leitura obrigatória para os fãs de HQs. Em breve estarei lendo o Volume 2.


" Hoje o mundo não perdeu só um Homem, mas um Super Homem."


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

▬ 007 - Cassino Royale ( Cassino Royale, 2006)


Direção:
Martin Campbell

Roteiro:
Neal Purvis e Robert Wade (Com base no livro de Ian Fleming )

Elenco:
Daniel Craig, Eva Green, Mads Mikkelsen, Judi Dench, Jeffrey Wright, Giancarlo Giannini, Caterina Murino, Simon Abkarian, Isaach De Bankolé, Jesper Christensen, Ivana Milicevic, Tobias Menzies, Claudi 


Acho que todo o ser vivo deste planeta já ouviu falar de 007, ou pelo menos: “– Meu nome é Bond, James Bond.” Bordão que atravessou décadas e ainda estão firmes e fortes. Durante a minha infância eu assisti alguns dos filmes da longínqua saga, mas não dava a devida importância. Até que esses dias fui ao cinema assistir 007 – Operação Skyfall, e me surpreendi positivamente, logo despertando o interesse pelos outros filmes, e lá na minha casa, pegando poeira estava o DVD de Cassino Royale, ainda no plástico. Não tive dúvidas que era o momento certo para assisti-lo. (Antes tarde do que nunca não é mesmo? RS)


O começo do filme é uma espécie de prólogo, mostrando como Bond adquiriu a sua licença 00 e enfim se tornando o sétimo ( 007) agente a ser promovido para esse nível.Logo após, o ritmo é alucinante, começando com uma tremenda perseguição pelas ruas, prédios, construções de Madagascar. Ao ver tais cenas fiquei surpreso por serem tão frenéticas e brutas, pois na minha mente estava a imagem do 007 agente secreto modesto, discreto , elegante, e não o Bond que era mostrado até ali, que destruía tudo pela frente deixando um rastro de morte e explosões.


Mas logo o filme foi mostrando o outro lado de Bond, o seu lado mais “social”,  como ele reportava a para a sua superior, e como falava com as outras pessoas, como atuava como um agente secreto. Então logo se podia denotar que, esse Bond (interpretado muito bem por Daniel Craig) era visceral e violento quando era necessário, mas também era sagaz, esperto, egocêntrico e corajoso. Essa mistura o torna um personagem icônico dentro da trama. As cenas de ação são extremamente bem feitas, e o filme também conta com muitos diálogos rápidos e sagazes, como os que ele tem a Vesper Lynd (Eva Green). O clima de suspense e tensão ganha ápice mesmo fora das explosões, pois as cenas de poker dentro do cassino são tensas, e o duelo de Bond contra o vilão Le Chiffre (Mads Mikkelsen) é memorável a ponto de o espectador ficar sem piscar e a boca secar, tamanha a ansiedade e a carga de tensão que compõem o ato.  Outro ponto forte a trilha sonora sempre presente e ditando o ritmo do filme. Por falar em trilha sonora, a abertura do filme conta com a excelente música “You Know My Name” - Chris Cornell, que já faz o espectador ficar totalmente no clima do filme.


A meu ver, Cassino Royale funciona como uma releitura, uma “modernização” do personagem para os novos tempos, tentando atrair novos fãs e tentar manter os antigos. O longa é a prova de que isso é possível; inovar sem esquecer todo o legado que  James Bond representa.                                                                                                                          

" Meu nome é Bond, James Bond. "

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

▬ The Walking Dead - Parte 3 - A Série de TV



Produzido por: Frank Darabont

Elenco:
Andrew Lincoln - Rick Grimes
Jon Bernthal - Shane
Sarah Wayne Callies - Lori
Laurie Holden - Andrea
Jeffrey DeMunn - Dale
Steven Yeun - Glenn
Chandler Riggs - Carl
Norman Reedus - Daryl Dixon
Lauren Cohan - Maggie
Danai Gurira - Michonne
IronE Singleton - T-Dog
Scott Wilson - Hershell
Melissa Mcbride - Carol

Bem, agora sim vamos falar sobre a mídia que catapultou o nome de The Walking Dead, que foi a série televisiva.   Que logo em seus primeiros episódios conseguiu arrebatar milhares de fãs a série que é baseada nas HQ’s, é de extrema qualidade, e justifica sua fama.


Por ter como base os quadrinhos, e por se tratar de uma adaptação, logo que algumas coisas ficariam diferentes, outras idênticas e outras totalmente inéditas. Como eu havia lido os quadrinhos antes de começar a ver a série, o meu medo era que estragassem todo o clima de tensão da HQ e que fizessem uma série apenas com as cenas de ação e matança de zumbis, focando apenas o banho de sangue e morte. Ainda bem que eu estava errado.

O ínicio da série é igual ao da HQ, com Rick saindo do hospital e encontrando um mundo ao avesso, onde os mortos tomaram os lugares dos vivos. Eu achei os personagens bem parecidos com os dos quadrinhos, tanto em essência quanto fisicamente, acho que a única exceção é a Carol, que a única semelhança é ter a sua filha Sophia, pois de resto tanto fisicamente quanto de personalidade é bem diferente, mas mesmo assim, isso não implica em nada o andamento da série, pois ela é apenas uma personagem diferente, não sendo nem melhor nem pior, apenas diferente. Alguns personagens da HQ não estão presentes aqui como: Allen, Dona, os gêmeos, Tyresse. Porém a série conta com os seus personagens exclusivos como Daryl, T-Dog, e fazendo um balanço geral, a série não deve em nada em relação a HQ, pois os personagens ausentes na adaptação foram substituídos a altura com estes novos exclusivos para a TV. E isso também se aplica ao roteiro, pois alguns acontecimentos só existem na HQ e outros apenas na série.


Acho que a única coisa que a série se difere (por enquanto) é quanto à violência e alguns atos dos personagens. Na HQ as coisas são um pouco mais “pesadas” e parece que na série eles deram uma pequena amenizada, mas nada que prejudique a qualidade da trama.

Vale ressaltar a qualidade dos cenários e dos zumbis da série, todos muito bem feitos, e dos mais diversos tipos, aliado a personagens e atores carismáticos que só tornam a série ainda mais atrativa. Sem dúvida um marco em termos de série, já que sempre vem quebrando recordes de audiência. Até o momento a série conta com duas temporadas completas (1º - com 6 episódios e a 2º - com 13 episódios) e a 3º temporada que está em exibição, atualmente em seu 3º episódio. ( Que eu ainda não assisti. rs)


Apesar de ter algumas diferenças em relação a HQ, ambas as obras merecem ser vistas, pois são de qualidade, e acima de média. A série está fazendo um sucesso absurdo, e totalmente justificado, pois é difícil parar de ver, afinal você fica ansioso qual será o desenrolar, qual serão os desafios que Rick e seu grupo terão que enfrentar. O gênero de zumbis foi elevado a outro patamar, pois além da violência e matança, os dilemas éticos e morais, e a degradação da sociedade movidos pela carência, falta de seus luxos, amor, ódio ganância, egoísmo,  estão presentes na série. Agora é  torcer para que a série mantenha a qualidade, pois a tendência é só melhorar, pois material para isso (a HQ), tem de sobra.


Isto não é mais uma DEMOCRACIA. Não mais.
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