quinta-feira, 29 de novembro de 2012

▬ Argo , 2012


Direção
Ben Affleck
Roteiro
Chris Terrio, Joshuah Bearman
Elenco
Ben Affleck, Alan Arkin, John Goodman, Bryan Cranston, Tate Donovan, Taylor Schilling, Nelson Franklin, Kerry Bishé, Kyle Chandler, Rory Cochrane, Christopher Denham, Clea DuVall, Victor Garber, Zeljko Ivanek, Richard Kind

Eu tinha escutado em algum lugar que esse filme era muito bom, e que o Ben Affleck tinha se superado como ator e diretor.  Não sabia do que se tratava o filme, acabei assistindo o filme no cinema meio que por acaso, sem expectativas, sem cobranças, e acabei me deparando com um dos melhores filmes deste ano de 2012, claro na minha opinião.


O filme é baseado em uma história real, ocorrida em 1979/1980 no Irã, quando os iranianos exigiam que os Estados Unidos libertassem o xá Pahlevi, ( que havia que havia sido expulso pelo aiotolá Khomeine), devido a sua conduta de ditador durante todos os anos de seu governo. Com a negação da liberação por parte dos Estados Unidos, os iranianos invadiram a embaixada americana e fizeram todos reféns, menos seis americanos que conseguiram fugir e se refugiar na embaixada do Canadá.

Logo, os Estados Unidos tinham que resgatar esses ”sobreviventes, fugitivos” e para isso chamam um especialista em resgates, Tony (o personagem de Bem Affleck), e então após discutirem muitas idéias e planos, nada parecia se encaixar ao propósito, e Tony tem a idéia de usar o pretexto de fazer um filme de ficção no Irã, um longa que se chamaria Argo, que nada mais era do que uma cópia de Star Wars, então a produção teria que ir até o Irã, para ir em busca de locações para o “filme”.  Ele iria até lá como produtor, e resgataria os seis refugiados, dizendo que os mesmos eram parte da equipe de produção de Argo. Parecia à idéia mais absurda e desmiolada a primeira vista, mas dentre as opções, como eles mesmos dizem, essa é a melhor das nossas piores opções. 


O clima de tensão durante o filme é impressionante, pois os refugiados não podem nem colocar a cara na janela, pois se os iranianos verem, os mesmos seriam caçados e torturados. Todo esse clima de guerra, revolta, indignação, é mostrado com muita veracidade durante o filme. São apresentados todos os bastidores, os noticiários, os líderes de cada uma das nações mostrando as suas posições em relação a esse impasse, com mais de 50 americanos feitos de prisioneiros, os jornais e todos os outros meios de comunicação expondo a situação o tempo todo. É tudo muito bem feito, a carga dramática não é pouca. Mas o filme conta também com alguns momentos bem engraçados, com muitas piadinhas sobre Hollywood, muito bem feitas, sempre na hora certa, pois o filme não fica engraçado, ele tem momentos cômicos, que logo são substituídos pelo drama.


Ben Affleck e todo o elenco representaram muito bem os seus devidos personagens, (tanto que nos créditos aparecem às fotos das pessoas reais que fizeram parte desse fato histórico), os atores escolhidos são idênticos, e não só isso, várias cenas foram retratadas com fidelidade, nota-se que houve uma pesquisa minuciosa para a produção. A trilha sonora também está muito legal, sempre presente e acompanha o ritmo da trama.


Argo é um filme muito consistente, de alta qualidade, que conta com um Ben Affleck inspiradíssimo tanto na atuação quanto na direção, que acaba nos mostrando que em alguns casos a ficção pode sim, fazer uma grande diferença no mundo real quando o ideal é verdadeiro.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

▬ Homem-Aranha: Azul - ( Spider-Man: Blue, 2002)


Roteiro: Jeph Loeb
Arte: Tim Sale


As coisas pioram muito, muito mesmo antes de começarem a melhorar.” – Peter Parker.



Eu estive muito tempo afastado das HQ’s, e por conta disso acabei perdendo a chance de ler algumas histórias que marcaram época. Desde então venho tentando “recuperar” esse tempo, comprando encadernados e quando não é possível, acabo recorrendo aos scans. Bem, tudo isso foi para dizer que no meio dessa busca por alguns títulos, acabei vendo que sempre era mencionado Homem-Aranha: Azul, o pessoal sempre comentando, falando que era uma leitura pros fãs do Aranha. Pois bem, acabei indo atrás e li. O Homem-Aranha era meu super herói favorito quando criança em seguida vinha os X-Men, ambos foram os responsáveis pelo meu gosto por HQ’s. Eu posso não ter lido todas as histórias do Amigão da Vizinhança, mas sem dúvida essa foi à melhor que eu já li, e vou explicar o porquê. 

Com roteiro de Jeph Loeb e desenhos de Tim Sale, dupla conhecidíssima da nona arte, entregam aqui uma obra única, que a meu ver tanto o texto, quanto os desenhos casam perfeitamente. Um verdadeiro clássico.
A obra já me conquistou de cara, pois ela se inicia com uma narrativa em primeira pessoa. É dia dos namorados, e Peter Parker se lembra de Gwen Stacy, sua primeira namorada, o seu primeiro grande amor. Ele narra que em todo dia dos namorados ele vai até o local onde ela faleceu (resultante de um confronto com seu arqui-inimigo o Duende Verde) para lhe fazer uma visita e deixar uma rosa a mesma. Este fato mudou para sempre a vida do Aranha, a morte de Gwen.
Ele pega um gravador velho e começa a relembrar alguns fatos de sua vida em relação à Gwen, como se ele estivesse falando com ela, como se ela estivesse ali do seu lado naquele instante. Essa é a narrativa da história, Peter lembrando como conheceu Gwen, como se apaixonaram e o quão importante ela foi (é) importante na sua vida. Ele narra também que nessa mesma época conheceu Mary Jane Watson, que viria a se tornar a mulher da sua vida, sua esposa, e como ele ficou em dúvida entre essas duas mulheres.
Como eu havia dito, ele começa se lembrando dela, e o texto têm um tom de sinceridade e sentimentalismo que toca profundamente quem está lendo, pois estamos habituados a ver o Aranha, forte, lutando, e fazendo piadas, e é espantoso como exploraram bem esse lado sentimental do personagem, não há como não se afeiçoar a ele.
O que sempre marcou o personagem foi a sua simplicidade e isso se confirma aqui. Peter vai falando de suas lembranças e isso fica ainda mais evidente, pois várias das situações que ele passou, fazem parte do nosso cotidiano, não ter dinheiro, chegar atrasado, brigar com o chefe (enfrentava J.J. Jameson que se recusava a pagar pelas fotos de dele, e ainda acusava seu alter-ego de ser uma ameaça), ser motivo de piada pelo pessoal da escola, principalmente por Flash Thompson.
E além de tudo isso, todos os problemas que nós podemos ter, ele ainda tem que enfrentar os super-vilões como Duende Verde,Lagarto, Rino, Abutre..
 Mas em meio a tudo isso, mesmo com tantas coisas contra, Peter conheceu Gwen, e é justamente isso, que durante a obra nos é mostrado, todos os seus pensamentos, anseios dele em relação a ela, o “nerd” que sonhava em namorar a menina mais bonita da escola, aquele sonho sabe? 
A história não é sobre a morte de Gwen, e sim sobre a saudade, a lembrança, a falta e a importância que ela teve/tem na vida de Peter Parker e de todos que a conheciam. Esta história é uma grande lição de vida, que nos mostra como conviver com a perda, e o quanto as pessoas importantes não devem ser esquecidas, devem ser amadas para sempre, como o próprio Peter diz:

As pessoas ficam nas nossas vidas pelo tempo que são lembradas. E eu não quero te esquecer, Gwen. Fica comigo..” - Peter Parker

Não é porque um amor que não deu certo precisa ser esquecido, ele pode ser lembrado sempre, e não há mal algum nisso. Outro ponto é que a história também passa a mensagem de que devemos estar de olho ao nosso redor, pois há pessoas que talvez estejam apenas esperando uma chance para serem amadas e por muitas vezes não as notamos. Ao chegar às últimas páginas, a história chega ao seu ápice e confesso que ao ver Peter falando daquele jeito, com todo o seu coração, enquanto ele “fala” com Gwen, uma conversa que nunca aconteceu, onde ele entregou-se a esse amor, lutou com vilões, enfrentou tudo e a todos, e que a sua vida mudou para sempre mediante ao fato de ter namorado e amado aquela mulher,o quanto ela mudou a sua vida. Tudo isso me fez ficar com os olhos marejados e conseqüentemente lágrimas escorreram de uma maneira tão natural que até me espantei, os últimos momentos da HQ são lindos.
É uma HQ como poucas, que marcou demais para mim. Ela deve ser apreciada com o coração, e levada para o resto da vida. Se você não leu, corra atrás, se já leu, leia de novo, pois vale à pena, não é uma recomendação e sim um pedido. A cor azul nunca mais vai ter o mesmo sentido para mim...

"Acho que, quando tento entender... entender como me sinto às vezes nesta época do ano, eu me sinto triste. Como a cor azul. Não que eu não goste de azul, mas... é uma cor triste. Como o Jazz... Como o Blues..."  
- Peter Parker.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

▬ Incontrolável - ( Unstoppable, 2010 )


Direção: 
Tony Scott
Roteiro: 
Mark Bomback
Elenco: 
Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson, Ethan Suplee, Kevin Dunn, Jessy Schram, Kevin Corrigan, Lew Temple

Quem não se lembra do filme "Velocidade Máxima" Com o astro Keanu Reeves e Sandra Bullock, aquela adrenalina toda, um ônibus que não podia parar de maneira alguma, senão uma tragédia sem proporções viria a acontecer. Saudades mesmo foi um filme marcante. Tentaram fazer alguns no mesmo estilo com todos os tipos de veículos desenfreados e loucos, mas sem o mesmo charme. Foi taxado que esse tipo de filme nunca mais iria fazer sucesso. Mas é ai que você se depara com uma grande surpresa: Incontrolável.


O filme conta com um roteiro simples, mas que funciona perfeitamente. Um funcionário desatento deixa por acidente um trem sair e com isso ele começa a ganhar velocidade, mais e mais até que se torna uma ameaça para todos da região, pois ele carrega uma carga tóxica altamente inflamável. E ai que aparecem os dois protagonistas do filme interpretados por Denzel Washington e Chris Pine. O primeiro um veterano dos trilhos, o segundo um novato tentando mostrar serviço, mostrar seu valor, após algumas desavenças entre ambos, eles se vêem envolvidos com o problema que está acontecendo com o trem. (o que está andando por ai sozinho ligado na velocidade máxima.)

A trama e as cenas são bem feitas, prendem quem está assistindo, pois funcionam de maneira simples, mas passa uma realidade extrema, você sofre com os personagens e acaba torcendo por eles, sente aquela adrenalina nos momentos críticos, a medida que suas histórias e segredos vão sendo reveladas aos poucos, dando mais ênfase a carga emocional. Você fecha os olhos, dá socos na cadeira, talvez grite tamanha a atmosfera de tensão que é passada ali.

E lembrando que a direção é de Tony Scott, grande diretor que se foi há pouco tempo, mas que deixou ótimos filmes durante a sua carreira, e Incontrolável, é um deles.

domingo, 18 de novembro de 2012

▬ A Entidade - ( Sinister, 2012)


Direção:
Scott Derrickson
Roteiro:
C. Robert Cargill, Scott Derrickson
Elenco:
Ethan Hawke, Clare Foley, Fred Dalton Thompson, James Ransone, Juliet Rylance, Michael Hall D'Addario, Vincent D'Onofrio.

A premissa do filme apesar de um pouco batida é interessante, um escritor de thrillers policiais, que anda sem ideias para o seu novo livro, e se muda para uma casa onde aconteceu uma tragédia ( uma família inteira foi morta de maneira brutal ) e ele quer usar isso como “inspiração” para o seu novo livro, ainda mais quando ele encontra uma caixa cheia de fitas antigas que podem ter ligação com a tragédia ocorrida na residência.


Logo o escritor (Ethan Hawke), começa a ir a cada vez mais fundo ( tendo em mente que assim ele coletaria mais conteúdo para o seu livro), à medida que vai se deparando com algumas coisas macabras. O clima que é construído durante o filme é bom, e tem toda aquela tensão, de que algo vai aparecer no canto, ou quando algum personagem se virar vai dar de cara com algo. Ethan Hawke até que está bem no papel do escritor, ele consegue passar toda a tensão que começa a cercar o personagem. A medida que ele descobre algo novo, ele quer ir até o fim naquilo, mais e mais e as coisas começam a fazer sentido, coisas sobrenaturais. Mas por incrível que pareça a meu ver é aí que o filme se perde. Ao explorar essa parte do sobrenatural, o filme peca, pois não explora isso tão bem, as coisas não ficam muito bem amarradas, ou melhor, não chegam a causar o impacto esperado, pela expectativa que o longa construiu até ali.


Eu particularmente achei o final bem fraco, parece que terminaram as pressas, sem qualquer preocupação. O filme caminhou muito bem, mas se perdeu ao tentar colocar essa parte sobrenatural, dá a impressão que se fosse apenas um filme policial, ou de um psicopata, serial killer, o filme teria feito mais sentido, e ficaria muito mais consistente. O charme do filme se perdeu justamente pelo o que ele mais prometeu, mas não cumpriu.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

▬ A Morte do Superman Vol.1 ( The Death of Superman)



Roteiro: Roger Stern, Dan Jurgens, Jerry Ordway e Louise Simonson 
Desenhos:  Dan Jurgens, Tom Grummet, Jon Bogdanove e Jackson Guice, Bret Breeding, Dennis Janke, Doug Hazlewood e Denis Rodier (arte-final)

Mito. Essa palavra pode ser capaz de mensurar o que o Superman representa, afinal, ele é o primeiro e maior herói de todos os tempos. Com poderes de um Deus, com um senso de ética e moral inabaláveis, justiça, força, e acima de tudo, alienígena, ainda assim, com todos os itens para ser o dono de um mundo, Clark Kent/Kal-el é o mais humano dos humanos. Aprendeu a bondade dos homens com seus pais adotivos Jonathan e Martha Kent. Ele já superou diversos vilões, situações catastróficas, mas sempre resistiu, afinal, ele é o Superman. Invencível?  Invulnerável? Nem tanto...

Uma equipe de roteiristas se propôs a algo ousado, matar o Superman. E na época em que essa idéia veio a tona, toda a mídia tratou de publicar algo a respeito. E não é a toa, matar um mito, a personificação do termo Super Herói, é uma proposta um tanto ousada.
Mas vamos ao encadernado! Nesse primeiro volume que a Panini nos trouxe, reúne 3 arcos: “A Morte do Superman”, “Funeral Para um Amigo” e o começo de “ O Retorno  do Superman” Agora um pouco de cada um.

- A Morte do Superman: Este primeiro arco tem como foco principal, como o próprio nome já diz o embate definitivo do homem de aço. Nele nos é apresentado a criatura chamada Apocalipse, que é dotado de uma força bruta invejável e uma sede de destruição insaciável. Logo ele sozinho derrota alguns dos membros da Liga da Justiça, e por onde passa deixando um rastro de destruição. Cabe então ao Superman, a missão de parar tal monstro.
As cenas de ação são bem construídas, e na mesma proporção são muito bem desenhadas. O Embate se estende por todo o estado até chegar em Metrópolis. Na maior parte do tempo, pode parecer apenas uma seqüência gratuita de pancada e destruição, mas de certa forma é realmente isso, só que conciliado a uma carga dramática, pois o invencível Superman diz em determinado momento: “Quanto mais eu bato nele, mais parece que eu me machuco.”, evidenciando o drama, do ser mais poderoso, e porque não, mais humano, ir tombando aos poucos enquanto luta para salvar a todos. A seqüência final do combate é emocionante, e culmina em uma das maiores tragédias do mundo dos heróis.

- Funeral para um Amigo: Após a tragédia, ocorre o funeral, no qual todos os heróis do universo DC prestam suas condolências ao maior herói de todos os tempos. Mas o maior destaque desse arco é como o mundo lida com a perda de seu herói. O mundo chora. Como serão as coisas daqui para frente? E nesse mundo, com certeza quem mais sente essa perda são os Kent e claro, Lois Lane. O drama que nos é apresentado, deles tentando lidar com a dor, tentando seguir suas vidas, recorrendo a lembranças e lágrimas é tocante, pois eles além de perderem o Superman, perderam ainda mais, pois Clark Kent se foi.


- O Retorno do Superman: Aqui vemos o mundo desolado sem o homem de aço, e com isso surgem quatro novos “heróis”, que tentam suprir essa falta, todos ostentando o título de Superman. Temos Aço, Erradicador, Super Cyborgue e Superboy. Cada qual é apresentado de uma maneira diferente, mostrando a diversidade entre eles, e claro, as diferenças junto ao Superman. São pequenas histórias separadas dos quatro, mas que se intercalam, pois o mundo começa a acreditar que o Superman voltou. E claro, deixa um gancho para a conclusão da saga da Morte do Superman no volume 2.


A Panini fez um ótimo trabalho. A edição definitiva volume 1 está caprichada, contém alguns extras bacanas. Leitura obrigatória para os fãs de HQs. Em breve estarei lendo o Volume 2.


" Hoje o mundo não perdeu só um Homem, mas um Super Homem."


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

▬ 007 - Cassino Royale ( Cassino Royale, 2006)


Direção:
Martin Campbell

Roteiro:
Neal Purvis e Robert Wade (Com base no livro de Ian Fleming )

Elenco:
Daniel Craig, Eva Green, Mads Mikkelsen, Judi Dench, Jeffrey Wright, Giancarlo Giannini, Caterina Murino, Simon Abkarian, Isaach De Bankolé, Jesper Christensen, Ivana Milicevic, Tobias Menzies, Claudi 


Acho que todo o ser vivo deste planeta já ouviu falar de 007, ou pelo menos: “– Meu nome é Bond, James Bond.” Bordão que atravessou décadas e ainda estão firmes e fortes. Durante a minha infância eu assisti alguns dos filmes da longínqua saga, mas não dava a devida importância. Até que esses dias fui ao cinema assistir 007 – Operação Skyfall, e me surpreendi positivamente, logo despertando o interesse pelos outros filmes, e lá na minha casa, pegando poeira estava o DVD de Cassino Royale, ainda no plástico. Não tive dúvidas que era o momento certo para assisti-lo. (Antes tarde do que nunca não é mesmo? RS)


O começo do filme é uma espécie de prólogo, mostrando como Bond adquiriu a sua licença 00 e enfim se tornando o sétimo ( 007) agente a ser promovido para esse nível.Logo após, o ritmo é alucinante, começando com uma tremenda perseguição pelas ruas, prédios, construções de Madagascar. Ao ver tais cenas fiquei surpreso por serem tão frenéticas e brutas, pois na minha mente estava a imagem do 007 agente secreto modesto, discreto , elegante, e não o Bond que era mostrado até ali, que destruía tudo pela frente deixando um rastro de morte e explosões.


Mas logo o filme foi mostrando o outro lado de Bond, o seu lado mais “social”,  como ele reportava a para a sua superior, e como falava com as outras pessoas, como atuava como um agente secreto. Então logo se podia denotar que, esse Bond (interpretado muito bem por Daniel Craig) era visceral e violento quando era necessário, mas também era sagaz, esperto, egocêntrico e corajoso. Essa mistura o torna um personagem icônico dentro da trama. As cenas de ação são extremamente bem feitas, e o filme também conta com muitos diálogos rápidos e sagazes, como os que ele tem a Vesper Lynd (Eva Green). O clima de suspense e tensão ganha ápice mesmo fora das explosões, pois as cenas de poker dentro do cassino são tensas, e o duelo de Bond contra o vilão Le Chiffre (Mads Mikkelsen) é memorável a ponto de o espectador ficar sem piscar e a boca secar, tamanha a ansiedade e a carga de tensão que compõem o ato.  Outro ponto forte a trilha sonora sempre presente e ditando o ritmo do filme. Por falar em trilha sonora, a abertura do filme conta com a excelente música “You Know My Name” - Chris Cornell, que já faz o espectador ficar totalmente no clima do filme.


A meu ver, Cassino Royale funciona como uma releitura, uma “modernização” do personagem para os novos tempos, tentando atrair novos fãs e tentar manter os antigos. O longa é a prova de que isso é possível; inovar sem esquecer todo o legado que  James Bond representa.                                                                                                                          

" Meu nome é Bond, James Bond. "
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