domingo, 13 de janeiro de 2013

▬ Machete, 2010



Direção: 
Robert Rodriguez, Ethan Maniquis

Roteiro: 
Robert Rodriguez, Álvaro Rodríguez

Elenco
Danny Trejo, Jessica Alba, Michelle Rodriguez, Steven Seagal, Robert De Niro, Jeff Fahey, Lindsay Lohan, Don Johnson, Cheech Marin, Nimród Antal, Daryl Sabara

Sabe aquele filme descompromissado com a realidade, onde as coisas mais absurdas acontecem, com aquela pitada exata do trash e com cara de filme B? Então Machete é exatamente uma junção de tudo isso, e muito bem feita por sinal, nesta obra de Robert Rodriguez.

A trama segue o ex-policial chicano que atende pelo codinome Machete (Trejo) que acaba por se tornar o bode expiatório de uma operação para reeleger um senador corrupto ( De Niro) que está aliado com um traficante mexicano ( Seagal), onde ambos conspiram para lucrarem cada vez mais. Após ser usado como uma simples peças, os superiores tentam eliminar Machete, mas o plano acaba dando errado, e aí começa uma caçada desenfreada atrás dele, já que o mesmo sabe de coisas que podem comprometer tanto o Senador, quando o Traficante. Então vemos a luta do exercito de um homem só, ao melhor estilo Rambo, Chuck Norris, onde ninguém consegue para-lo, e por onde Machete passa, deixa um rastro de destruição e sangue, muito sangue mesmo.
Tudo no filme passa a ser icônico, a cada cena fica marcada, pois realmente são memoráveis, devido à brutalidade com que Machete executa seus perseguidores. Em determinado momento ele utiliza o intestino de um de seus adversários como corda para pular uma janela. E claro, além de matar centenas de homens, ele também tem outra habilidade pra lá de invejosa, ele consegue ficar com todas as mulheres do filme. Sim todas. Dentre elas temos Luz, ( Michelle Rodriguez) que é uma revolucionária que luta pelos direitos dos mexicanos nos EUA, Sartana ( Alba) uma agente que trabalha no departamento de fiscalização de imigrantes mexicanos ilegais, April (Lindsay Lohan) e etc... e todas essas acabam se envolvendo  na trama principal que envolve Machete, logo intercalando à todos no final pra lá de explosivo.
 Por fim, Machete é um filme consistente, trash, com cara de produção B, com um ótimo elenco, diálogos icônicos, explosões, tripas, ação, mulheres sexys, personagens icônicos, tapa-olhos, padres com armas, sangue, que fazem dele um filme divertidíssimo. E que venha o quanto antes Machete Kills e Machete Kills Again. 
“- Agora você pode ser uma pessoa de verdade.
- Para que vou querer ser uma pessoa de verdade, se já sou uma lenda!

domingo, 6 de janeiro de 2013

▬ Batman, O Filho do Demônio - ( Batman - Son of The Demon, 1987)

Roteiro: Mikee W. Barr
Arte: Jerry Bingham

Esta é uma das melhores histórias que eu tive a oportunidade de ler do Morcego. Nela vemos um pouco mais da parte da vida pessoal do Batman, melhor dizendo, podemos o ver dando uma chance a si mesmo de ser feliz, de amar alguém, que nesse caso é Talia , filho de um dos seus maiores inimigos, o terrível Ra’s Al Ghul.

Por conta de um acontecimento envolvendo um terrorista, que acaba por se tornar um inimigo em comum entre o Batman e Ra’s, os dois acabam que por fazer uma aliança para derrota-lo, e consequentemente ocorre uma aproximação ainda maior entre ele e Talia. Conforme a história se desenrola, o Morcego passa a se questionar a si mesmo, se ele pode dar uma chance ao amor que sente por Talia ou não, e ele acaba por deixar o sentimento crescer e dá uma oportunidade para ambos. A questão fica ainda mais em evidência quando Talia, diz que está grávida, e que o Batman será pai. Essa idéia traz toda uma sensação de felicidade, algo que o Morcego se priva quase que todo o tempo. Muitas coisas começam a permear a sua cabeça, como por exemplo, o nome que vão dar a criança, como ela irá crescer que ela será a criança mais feliz do mundo. 
Ver esse lado afetivo do Batman aparecer é interessante, pois afinal, se todas as pessoas podem ter uma ‘vida’, por que Batman, Bruce Wayne também não pode desfrutar de tal?  Outro ponto a ser ressaltado é o tratamento e o respeito entre Batman e Ra’s Al Ghul, ambos com aquela aliança momentânea, agindo juntos, mas sempre com um pé atrás um com o outro, mas o respeito mútuo deles faz com que os diálogos entre os mesmos sejam magníficos.
É uma história que conta com um belo roteiro, e uma arte belíssima, (e também um pouco polêmica, já que a DC deixou essa história de lado, para não afetar a cronologia do herói com esse papo de filho, mas Grant Morrison voltaria a bater nessa tecla muitos anos depois) que acaba por nos mostrar que muitas vezes o legado, o caminho que escolhemos é maior que nossos desejos pessoais, como o símbolo do Batman ser maior do que Bruce Wayne, e às vezes não dê para se desvincular disso, ter de lutar contra seus próprios demônios.

" - Batman, parece que você passou por momentos difíceis. Está tudo bem?
- Não.
- Quer conversar a respeito?
- Não.
- Bem, cuide-se. É melhor se abrigar, pois parece que vem uma tempestade por aí.
- Comissário...ela já chegou. " 

sábado, 5 de janeiro de 2013

▬ Para Sempre - ( The Vow, 2012)


Direção
Michael Sucsy
Roteiro
Marc Silverstein, Abby Kohn
Elenco: 
Rachel McAdams, Channing Tatum, Sam Neill, Jessica Lange, Jessica McNamee

Este é um filme do qual eu não esperava muita coisa, e realmente ele não é uma obra prima, mas tem seus momentos interessantes. O filme é baseado em fatos reais, e nos conta a história de um casal que acabou de se casar, e um dia enquanto estavam no carro conversando, um caminhão desgovernado vem e bate com tudo, ocasionando um terrível acidente. Após se recuperar no hospital, o marido ( Tatum) vai até o quarto de sua esposa ( McAdams ) e percebe que os danos foram mais graves do que ele imaginava, pois ela não o reconhece, ela perdeu a memória, e o seu marido, nada mais é do que um estranho para ela. Com isso o mundo dele desaba.

Então o foco é esse, ele tentar fazer com que ela se lembre da vida que tinham, pois ele ainda  a ama muito. O filme tem muitos momentinhos clichês de romance seriam desnecessários, e que pode incomodar um pouco. Eu não li o livro sobre essa história, mas muitos disseram que distorceram algumas coisas no filme que prejudicaram bastante. Mas no geral eu gostei, tem algumas cenas e falas que são até que bem reflexivas, pois o filme começa a verter para outros pontos além do romance, como o caso da família dela, que é explicado aos poucos, e também a questão dos sonhos de cada um, como o lado profissional.
Uma das questões levantadas do filme  é: será que seria bom mesmo a pessoa recuperar as memórias da sua vida? Será que a vida que ela tinha, era tão boa assim? Ou recomeçar do zero, deixar tudo para trás não seria a melhor alternativa? E por muitas vezes coisas ruins podem acontecer, mas ainda assim elas podem trazer coisas boas, se for visto por outro ângulo.

" Um momento de impacto.
Um momento de impacto tem a capacidade de mudar,
tem efeitos bem além do que podemos imaginar.
Em alguns, algumas partículas batendo umas nas outras.
Deixando-as mais unidas do que antes.
Enquanto mandam outras para grandes desafios.
Indo parar onde nunca achou que eles iriam.
Essa é a questão sobre momentos assim.
Não pode.
Não pode nem tentar controlar como irão te afetar.
Tem que deixar que as partículas se colidam.
E esperar.
Até a próxima colisão. "
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