segunda-feira, 27 de maio de 2013

▬ Na Natureza Selvagem - ( Into The Wild, 2007)



Direção
Sean Penn
Roteiro
Sean Penn
Elenco
Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone, Catherine Keener, Vince Vaughn, Kristen Stewart, Hal Holbrook

"E também sei como é importante na vida, não necessariamente ser forte, mas sentir-se forte."

Quem já não teve vontade de algum dia chutar tudo pro alto? Abandonar o emprego, escola e demais obrigações mundanas por não aguentar mais a pressão de tudo isso. Aquela sensação de aprisionamento, falta de liberdade...

E em, Na Natureza Selvagem, conhecemos Christopher McCandless (Emile Hirsch), que acaba de se formar, tem uma boa vida em relação a dinheiro, é bem visto pelos pais, tem toda uma carreira e vida promissora pela frente, segundo os valores da sociedade. Mas para ele, tudo está fora do lugar. Ele não agüenta mais todos os dias ter que ver as mesmas coisas, a mesma falsidade, hipocrisia, o materialismo absurdo, valorização extrema das coisas supérfluas e fúteis.Cansado disso, ele larga tudo para trás, doa seu todo dinheiro a uma instituição de caridade e assim se lança no mundo, em uma viagem para conhecer a natureza, e assim rever todos os seus conceitos e reais valores do ser humano. ( Lembrando que o filme é baseado em fatos reais. E foi adaptado do livro de não-ficção de 1996, de mesmo nome, escrito por Jon krakauer, onde narrou a aventura de Christopher.)
Ao se jogar nessa jornada ele abandona sua família, e assumo um novo nome: Alexander Supertramp (Super Andarilho). Sem dinheiro, sem carro, ele passa a atravessar os EUA , a pé, pedindo carona, usando bote, trens enquanto aos poucos vai conhecendo algumas pessoas, e vai ensinando muitas coisas as mesmas, sobre essa questão da verdadeira liberdade e desapego dos bens materiais. Em contra partida ele também acaba por aprender algumas lições. É uma troca mútua de experiências.
 "Se admitirmos que a vida humana pode ser regida pela razão, está destruída a possibilidade da vida."

O legal do filme é que ele faz alguns paralelos entre o passado e o presente de Chris. Quando ele saiu em sua saga, o filme passa a ser dividido em capítulos de sua nova vida. Pois olhando, é realmente isso o que aconteceu; ele ganhou uma nova vida e assim logo teria que passar por algumas etapas, nascimento, infância, maturidade, família.
Durante a sua viagem, é impossível não repensar em diversos conceitos sobre a vida. Pois à medida que o personagem vai se transformando ao conhecer aquele novo mundo, também embarcamos nisso, e eu mesmo fiquei com uma sensação que a minha vida é muito supérflua. rs
O filme é realmente impressionante. O visual, a fotografia, a impecável trilha sonora ( feita por Eddie Vedder), aliadas á um roteiro muito bem escrito, com diálogos e frases marcantes. Sean Penn que roteirizou e dirigiu o longa, mostra que tem muito potencial por de trás das câmeras. E claro, Emile Hirsch demonstra um grande talento ao interpretar o protagonista do filme, passando toda vivacidade e emoção, tudo com muita qualidade, podendo-se denotar a entrega do mesmo ao papel.

Ao final do filme, me senti em um misto de emoções, era alegria, tristeza, angustia, sorrisos, sonhos e a vida., tudo devido a grande e rica experiência que o filme nos proporciona. Logo após fazer essa postagem, acho que vou rever esse filme. Caso eu suma, é bem possível que eu tenha ido para o Alaska.

 "A felicidade só é verdadeira quando compartilhada."

domingo, 26 de maio de 2013

▬ Asilo Arkham: Uma séria Casa em um Sério Mundo

Roteiro: Grant Morrison
Arte: Dave Mckean


“ Tenho medo de que, quando atravessar os portões do Asilo..quando entrar no Arkham e as portas se fecharem atrás de mim... eu me sinta voltando para casa.”

Que o Asilo Arkham é um lugar pra loucos, todo mundo está de saco cheio de saber. Agora, nessa história com roteiro de Grant Morrison e ate de Dave Mackean, a coisa muda um pouco. Após o Arkham ser tomado pelos internos, liderados pelo Coringa, estes fazem algumas exigências a polícia. Dentre elas, a principal é que, eles exigem a presença do Batman junto com eles, que o Morcego passe um dia lá, se não eles irão matar os reféns. Ao ir até lá, Batman logo é recepcionado ao Coringa, que lhe explica que ali é o lugar dele, pois ele é tão louco quanto os vilões que ele mandou para lá todos esses anos.

“Às vezes acho que o Asilo é uma cabeça. Estamos dentro de uma cabeça que nos sonha. Talvez seja a sua cabeça Batman. Arkham é um país dos espelhos. E nós somos você."

Simplesmente a partir daí, começa o terror. O Morcego é submetido a alguns testes, e o simples convívio com tantos loucos, começa afeta-lo, e logo o mesmo começa a quebrar. Ao mesmo tempo, é narrada a história do Asilo, como ele surgiu por meio do diário de Amadeus Arkham, o fundador. As histórias são uma analogia uma da outra em determinadas partes. A saga é cheia de simbolismos, e um terror psicológico intenso, onde podemos ver um Batman 'frágil', devido aos seus demônios interiores. O Morcego passa por uma intensa transformação durante a trama.

“ Às vezes, é só a loucura o que nos define. Ou talvez o destino. “

sábado, 11 de maio de 2013

▬ O Clube dos Cinco - ( The BreakFast Club, 1985)

Direção: John Hughes
Roteiro: John Hughes
Elenco: Emilio Estevez,Anthony Michael Hall, Judd Nelson, Molly Ringwald, Ally Sheedy, Paul Gleason,  John Kapelos.

"...E essas crianças em que você cospe, enquanto elas tentam mudar seus mundos, são imunes às suas consultas. Elas sabem muito bem pelo que passam...”  
▬ David Bowie

Antes de qualquer coisa, sim, eu só assisti a esse filme esses dias. Sempre escutava falar do mesmo, aqui e ali, e um dia fui procurar uma imagem dos Novos Titãs, e vi que uma imagem havia sido inspirada no pôster do filme, O Clube dos Cinco. Fui atrás para saber do que se tratava o filme e do porque ele ser tão “cult”. Quando li a sinopse, vi o elenco, e nome de John Hughes ( Curtindo a Vida Adoidado) na direção e roteiro,  não tive dúvidas em assistir o quanto antes. E vou contar o que esse filme representa pra mim.
Como disse antes, a sinopse era a mais simples e por isso mesmo me chamou atenção. Na história, cinco alunos adolescentes, cada qual fez algum ato que a escola considerou uma infração e como punições teriam de passar um sábado inteiro na biblioteca da escola, onde teriam de ficar ali sentados, refletindo sobre seus atos e no final do dia entregar uma redação ao diretor, o Sr. Vernon, na qual teria de ter mil palavras e que definissem a si mesmos. Até aí tudo certo, e o começo do filme mostra realmente isso. O que eu pensei que me levaria a assistir um bom filme sobre adolescentes e tal, que teria um pouco de comédia em algumas cenas, e que no final ficaria satisfeito. Mas o que estava por vir, me surpreendeu demais.

No desenrolar da trama somos apresentados aos cinco jovens, cada qual bem distinto. Temos Andrew (Emilio Estevez), que é um atleta, Brian (Anthonny Michael Hall) um CDF, John Bender (Judd Nelson) um marginal, Claire (Molly Ringwald) uma patricinha e Allison (Ally Sheedy) que é um caso perdido.  Logo, é claro que cinco pessoas tão diferentes, trancadas em um mesmo lugar, daria confusão.  As faíscas e brigas começam, pois cada um ali está detido por algum motivo. E claro que nenhum deles queria estar ali em um sábado. Por serem tão diferentes, as ideias deles não batem então cada um ali acha que os seus problemas são maiores do que os dos outros. Exemplo: John Bender, o marginal, em certo momento satiriza como deve ser a família de Brian, o CDF. Ele diz que lá tudo é perfeitinho, que todos dão bom dia, que todos são uma família unida e exemplar. Este é apenas um exemplo.
E isso se aplica a todos nós, pois sempre pensamos desta forma. Se você olha um esportista pensa: Ah como eu queria ser aquele cara, ele não deve ter problemas pesados, afinal ele é um atleta. Então com cada um representando um rótulo da sociedade, o conflito se torna inevitável. E isso vai se estendendo até quase o término do filme, as brigas se tornam mais acaloradas e vários dilemas vão sendo expostos. Cada qual com seu ponto de vista em determinado assunto. E isso vai sendo muito bem trabalhado, e aos poucos vão sendo expostos coisas de suas vidas, e mesmo não percebendo, eles vão se transformando no decorrer do dia.
Quando o filme vai entrando em sua reta final, após tantos ‘embates’, os cinco protagonistas se sentam em uma roda. Essa é a cena mais memorável do filme. Nesse ponto é onde eles realmente acabam por se conhecer.  É aqui onde são apresentados os motivos de cada um para estarem ali naquele sábado. É onde todos expõem seus problemas pessoais. Quando um deles expõe os seus problemas, os outros quatro ficam chocados, e é aí que todos entendem que independente da classe social, estereótipo, rótulo da sociedade, todos tem problemas, todos sofrem pressões, todos! E após tantas desavenças, eles começam a criar laços. Pois os cinco passaram por uma transformação. E logo eles passam a questionar outras coisas, como se na segunda feira, quando entrarem na escola, eles serão amigos? Ou apenas passarão pelos corredores sem olhar na cara? Nessa parte a carga dramática é intensa.
Foi aí que me surpreendi, pois não esperava uma reflexão tão forte e coerente sobre os problemas da adolescência.Pois assunto com o sexo, drogas, violência são abordados aqui. Os jovens passam a questionar seus futuros, seus sonhos, o que será da vida deles a partir daquele momento? Em determinado instante, eles começam a culpar seus pais por grande parte de seus problemas. E se questionam: - Mas porque eles nos fazem passar por isso? Por eu os adultos são assim? E então Allison diz:

 " É inevitável. Isso simplesmente acontece. Quando nós crescemos, nosso coração morre."

Definindo bem que quando crescemos, e conhecemos mesmo o mundo lá fora, nossos sonhos vão ficando para trás, devido às obrigações mundanas. Em contra partida temos também a reflexão do diretor, que não sabe mais com o lidar com seus alunos, ele não sabe o que fazer. Reclama que os alunos estão cada vez piores. Mas ele é questionado por um faxineiro do colégio que diz: “ - Mas cara, quando você tinha a idade deles, você também não aprontava? ”

Após tantas transformações, diálogos inspiradíssimos, atuações perfeitas, personagens marcantes, drama, comédia, tudo na medida certa, assim como os jovens, o expectador também passa por uma revisão de conceitos sobre determinadas coisas. Confesso que me emocionei muito nesse filme. É uma obra prima. Ver que apenas um dia, em que esses cinco se encontraram, mudou para sempre suas vidas. Isso é mostrado de uma maneira única e incrível.
E se me perguntassem hoje, qual é o meu filme preferido, certamente eu diria que é o Clube dos Cinco.
"Caro Sr. Vernon, aceitamos o fato de que nós tivemos que sacrificar um sábado inteiro na detenção, pelo que fizemos de errado ... mas acho que você está louco por nos fazer escrever um texto dizendo o que nós pensamos de nós mesmos. Você nos enxerga como você deseja nos enxergar ... Em termos mais simples e com as definições mais convenientes. Mas o que descobrimos é que cada um de nós é um cérebro ... um atleta . um caso perdido .. uma princesa  e um criminoso .Isso responde a sua pergunta? Sinceramente, o Clube dos Cinco."

segunda-feira, 6 de maio de 2013

▬ Homem-Aranha - Tormento


Roteiro e arte de Todd McFarlane.

Como é bom ler histórias boas do Homem-Aranha. Na saga Tormento, o aracnídeo é vítima de uma caçada, da qual ele nem imagina. Em seu encalço o Lagarto totalmente insano, sem vestígio de seu lado humano. Enquanto o combate se desenrola ele tenta entender o que acontecendo. O porque ele está sendo caçado daquela maneira? Quem está por querendo matar o Homem-Aranha?
O resultado é uma ação desenfreada, que leva o herói ao limite. A HQ está disponível pela Panini por um preço bacana (R$18,90), então vale muito a pena.

" Nos dias que virão, não é a dor física que o atormentará. Em absoluto. 
Mas sim, o fato de que ser um herói torna você alvo de ataques de ataques que não fazem nenhum sentido... que não têm explicação.
E, sem explicações, a mente pode apenas imaginar.
Criar hipóteses que podem deixá-lo louco.
Este será o seu tormento.
Mas de alguma forma, você deve tentar... estar acima de tudo! "

domingo, 5 de maio de 2013

▬ A Morte do Demônio - ( Evil Dead, 2013)

Direção: 
Fede Alvarez
Roteiro: 
Fede Alvarez, Rodo Sayagues, Diablo Cody
Elenco:  
Jane Levy, Lou Taylor Pucci, Shiloh Fernandez, Jessica Lucas, Elizabeth Blackmore, Jim McLarty, Lorenzo Lamas, Rupert Degas, Phoenix Connolly

Essa refilmagem é bem mais "séria" que a série clássica, mas ainda assim se mantendo fiel. No antigo era mais para aquele humor negro ( do qual sou muito fã), mas neste eles deixaram as coisas mais pesadas, bem gore, tenso. Isso que é um remake. Pegar os elementos antigos, que são a marca da série e acrescentar algo novo, sem desvirtuar o universo do mesmo. 
Foi legal revisitar esse universo depois de tanto tempo e ainda se sentir familiarizado. Ao olhar a cabana, o livro, e todo o clima você sabe que está assistindo Evil Dead.

E confesso a cena pós créditos me deixou muito animado! Muito mesmo! rs

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