sábado, 19 de julho de 2014

▬ ATUALIZAÇÃO - NOVO BLOG (3 que não dá 1)

Pessoal, tudo bem?
Sei que faz tempo que não posto nada por aqui, por isso venho comunicar que o blog ficará um tempo inativo (Como se já não estivesse. rsrs). Mas em contrapartida, vou deixar o link de um novo blog, onde meu irmão, o meu primo e eu estamos criando. O intuito é bem parecido com o daqui, postando filmes, games, quadrinhos, livros, séries...

O BLOG: 3 que não dá 1: http://3quenaoda1.blogspot.com.br/

Obrigado desde já a todos.
Um forte abraço e até breve.

sábado, 5 de abril de 2014

▬ Filme: Se enlouquecer, não se apaixone ( It's Kind of a Funny Story, 2010)

" Afastei-me disto tudo como um homem cego, 
Sentei num muro mas isso não funciona.
Continuo fornecendo amor.
Mas ele está tão cortado e despedaçado

Porque, porque, por quê?
Amor, amor, amor, amor, amor
A insanidade sorri, sob pressão estamos pirando.

Não podemos dar a nós mesmos mais uma chance
Por que não podemos dar ao amor mais uma chance?
Por que não podemos dar amor?

Dar amor, dar amor, dar amor
Dar amor, dar amor, dar amor
Dar amor, dar amor...

Pois o amor é uma palavra tão fora de moda
E o amor te desafia a se importar com,
As pessoas no limite da noite.
E o amor desafia você a mudar nosso modo de
Nos preocupar com nós mesmos
Esta é nossa última dança
Esta é nossa última dança
Isto somos nós mesmos. "

Música: Under Pressure ( Queen/Bowie)

Craig ( Keir Gilchrist) é um rapaz normal de 16 anos. Assim como todo adolescente, ou pessoa, tem expectativas e sonhos. O que vamos ser? Que profissão seguir? Vou me casar? E etc. Ele pensa tanto nisso, que incube a si mesmo uma pressão monstruosa, que se caso alguma coisa der errado no caminho,  todos os seus planos de vida podem vir a desabar. Essa sensação o incomoda a tal ponto que ele pensa em se matar. Mas no último momento, ele desiste e assim, o próprio decide se internar em uma hospital psiquiátrico, para tentar ver se assim consegue entender porque aquilo tudo está acontecendo.
Chegando ao hospital, ele depara com "loucos" de verdade, e tenta sair de lá. Mas a permanência mínima é de 5 dias. Então sem alternativa, Craig tem que tentar sobreviver a esse período. Nisso, ele conhece Bob ( Zach Galifianakis), um paciente que se torna seu melhor amigo. Pouco tempos depois, ele acaba por conhecer Noelle ( Emma Roberts), uma misteriosa garota. Tanto Bob, como Noelle sofrem de tendências suicidas. Logo, é aí que Craig começa a refletir sobre sua vida.
O filme tem vários momentos de humor bem ponderados, mas sem deixar de lado a grande reflexão da qual ele trata. Todos vivemos sob algum tipo de pressão, obrigação e o quão insano isso pode ser se pararmos para pensar. Craig passa por um tremenda transformação, e consequentemente isso afeta as pessoas ao seu redor, mudando o seu mundo. Os personagens são carismáticos, e com diálogos ágeis, deixam o filme todo bem fluído e dinâmico. A trilha sonora também é excelente. E é interessante ver a transformação que Craig passa, ao conhecer outras pessoas que sofrem das mesmas coisas que ele, assim tendo ganhando nova ótica sobre o mundo.
Ao término fica aquela sensação de que, em um mundo tão louco, ainda é possível se divertir, ser feliz. Bastando apenas respirar um pouco e viver.

domingo, 30 de março de 2014

▬ Liga da Justiça - Escada Para o Céu ( JLA: Heaven´s Ladder)

Roteiro: Mark Waid
Desenhos: Bryan Hitch

Fantástico. É sem dúvida uma das melhores HQs que tive a oportunidade de ler.

Na trama os primeiros seres do universo, equivalentes a deuses da criação, descobrem que seu ciclo de vida está terminando. E aí fica a questão: para onde vão os deuses quando morrem? Ou melhor: para onde todos nós vamos? Com medo disso eles acabam raptando diversos planetas, incluindo a Terra. O objetivo deles é saber o que cada raça pensa sobre a vida, morte e o que acontece depois. Eles querem ter todas as informações do universo para poderem criar um paraíso para si e assim fazer a sua transição. Só que o nosso planeta corre um grande perigo de sumir do universo.

Então, cabe a Liga da Justiça tentar interceder pela Terra e ao mesmo tempo, tentar entender o que está acontecendo e assim auxiliar os alienígenas em sua busca pelo paraíso. Porque eles não são verdadeiros "vilões", eles só querem achar um caminho seguro para repousar. Logo, a Liga percebe o quão grandioso é o universo e que eles não passam de pequenas partículas que o compõe. Sendo que, muitos dos membros da Liga são considerados como deuses, todos ficam estupefatos quando percebem que são tão pequenos em relação ao que estão vivenciando.
Em meio a isso, nos é mostrado diversos tipos de crença, religião, questões existenciais, tudo de uma maneira simples sem tomar partido de uma ou de outra. Cada membro da Liga tem ponto de vista, assim como cada indivíduo do universo apresentado. Na aventura, os membros da Liga vão passando por vários e vários mundos, e assim conhecendo outras culturas e religiões. E que apesar de tantas diferenças, existem também tantas semelhanças. Mark Waid consegue fazer uma baita reflexão aqui, nós mostrando o quão vasto são as possibilidades, e que há tantas formas e pontos de vista tão diferentes sobre a vida e morte.
É sem dúvida uma das mais grandiosas obras da LJA, onde nos proporciona uma leitura diferenciada e altamente reflexiva. O final da trama fecha com perfeição, pois conseguimos entender o medo dos Alienígenas em ver o seu ciclo chegando ao fim, e que independente do seu tamanho, todos fazemos parte do mesmo universo, todos estamos sob o mesmo céu. E quem melhor do que a Liga da Justiça para mostrar isso, já que em seu time há seres de todos os cantos do universo.

sábado, 29 de março de 2014

▬ Azul é a Cor Mais Quente ( HQ - Le bleu est une couleur chaude )

Roteiro e desenhos: Julie Maroh

Um dos filmes mais comentados no final de 2013 sem dúvida foi Azul é a Cor Mais Quente, e devido a tanta badalação, acabei ficando curioso e fui assistir ao mesmo, e gostei bastante. Logo, fiquei sabendo que se tratava de uma adaptação, e tratei e ir atrás. E então pude notar que o filme e HQ se diferem bastante em vários pontos, mas ambos são incríveis. Bom, vamos ao quadrinho.

A trama gira em torno de Clémentine, uma adolescente que está amadurecendo e procurando um sentido para sua vida. Ela se sente de certa forma deslocada, pois ao fazer as coisas que todas as garotas de sua idade, ela sente como se lhe faltasse algo. Sua vida não passa de cores cinzas e tristes, onde nada demais acontece. Até que ela conhece Emma, uma moça de olhos e cabelos azuis, que mudará para sempre a vida de Clémentine.
Ao olhar essa premissa, logo poderíamos pensar que se trata de uma menina que descobre que gosta de outras meninas e que lutará contra tudo e todos para ser aceita em uma sociedade tão preconceituosa como a nossa. Mas não, o foco da história não é esse. Não é a luta contra o preconceito. E sim sobre amadurecimento, amor e vida.

Os questionamentos de Clémentine são tão sinceros em relação ao mundo que em se vive que fica difícil não entrar na história e acompanhar o desenrolar da mesma. Em diversos momentos ela se pergunta: Por que se sente tão insatisfeita? Por que a vida que os outros levam não serve para ela? O mundo está errado ou o problema é comigo? Quando Emma surge em sua vida, sua vida passa a ganhar cor, mais precisamente a azul. O mundo cinza dela acaba ganhando vida, e a cor azul que em teoria se enquadra como fria, aqui ganha outro significado, pois é a cor que acende a chama da vida de Clémentine.

Por se tratar de amadurecimento, a HQ vai ainda mais além, ela mostra a busca incessante pela felicidade, pelo amor, por um lugar em um mundo tão rotulado e cheio de paradigmas. Diversos são os conceitos abordados, sobre o que é o amor, sobre aceitação, a perda da inocência, como o mundo funciona e como cada pessoa é única.

Os traços da obra são belíssimos e enchem os olhos.  Os diálogos e a condução da história são muito bem feitos e igualmente cadenciado.

Azul é a cor mais quente, é uma HQ muito, mas muito bela mesmo ( o final da HQ é lindo) que consegue encantar e fazer-nos refletir, e acho que o mais importante, é uma história de amor que pode estar acontecendo agora mesmo em qualquer lugar do mundo, de modo que, outras vidas cinzas podem estar ganhando sua cor.

domingo, 23 de março de 2014

▬ Meu Pé de Laranja Lima ( Filme, 2012)

Direção: Marcos Bernstein
Roteiro: Marcos Bernstein e Melanie Dimantas
Elenco: João Guilherme de Ávila, José de Abreu, Caco Ciocler e Emiliano Queiroz

Após reler o livro depois de tantos anos, acabei vendo que fora lançado uma nova adaptação do clássico para as telonas. Na época não pude ir ao cinema, infelizmente. Mas corri atrás do filme, e posso dizer que gostei muito do resultado.

A trama segue a essência do livro, onde temos Zezé, um menino de família pobre, arteiro e sonhador. Acabamos por acompanhar um pouco dos dias dele, onde podemos ver o quanto  a infância dele foi difícil e sofrida.  Em meio a tantas adversidades, como a falta de recursos da família, o pai desempregado, violência doméstica, conflitos de família devido as travessuras que ele apronta, Zezé tinha uma arma da qual ninguém podia tirar dele: sua imaginação.
E por meio desta, ao chegarem a uma nova casa, ele acaba criando uma amizade com um pé de laranja lima, que loga torna-se seu melhor amigo e confidente. E não só isso, ele conseguia dividir a sua imaginação com seu irmão mais novo, onde ambos iam a lugares incríveis, tudo na mente de ambos. A vida de Zezé toma outros rumos quando ele conhece o Portuga, um ricaço da cidade, e ambos acabam criando um laço de amizade muito forte.

O filme é belíssimo, tanto em fotografia, trilha sonora, e atuações. As partes em que Zezé e seu irmão brincam, são memoráveis e cheias de uma ternura natural, que fica quase impossível não se identificar e lembrar da nossa própria infância, onde eramos heróis que salvavam o mundo. Outra cena marcante é quando o Portuga leva Zezé até sua casa e lhe apresenta o seu jardim, vasto e cheio de beleza. Zezé diz que o seu jardim é ainda mais bonito, e pede para o Portuga fechar seus olhos para assim poder ver. E realmente, ele tinha razão.
A adaptação consegue pegar os principais pontos da obra original e dar sua própria identidade, pois nos mostra o quão importante é a infância e o quanto ela tem de ser preservada. Mas também mostra que a vida as vezes prega peças que ninguém espera, e que sonhos e amizades verdadeiras, podem salvar o mundo. Ao término do filme, vemos que Zezé teve que aprender desde cedo que a vida é dura sim, mas que ainda assim podemos sentir alegria e sorrir, como ao sentir o vento no rosto em um passeio de carro com seu melhor amigo, e com aquilo sentir-se vivo.

domingo, 5 de janeiro de 2014

▬ Meu Pé de Laranja Lima (Livro)

" Às vezes sou feliz na minha ternura, às vezes me engano, o que é mais comum. "

Havia lido quando criança, mas sinceramente, não me lembrava de nada. Após ler uma crítica do novo filme, fiquei instigado em reler. E fiquei totalmente sem palavras.

Não tem como não rir, não se emocionar, não derramar alguma lágrima ou ficar com os olhos marejados. Sem dúvida uma das histórias mais bonitas já contadas, ainda mais por ser uma auto-biografia.

A narrativa da obra vem de Zezé, menino pobre, mas muito inteligente e ainda mais arteiro, que utiliza sua imaginação para fugir um pouco dessa realidade tão difícil. Em meio à isso consegue fazer um novo amigo, um Pé de Laranja Lima, no qual se torna seu confidente e conselheiro. Logo após ele conhece Manoel Valadares, o Portuga! Este que acaba por lhe ensinar muitas coisas da vida, e acaba por se tornar seu melhor amigo. E este se torna o ponto onde Zezé passa a enxergar alguma esperança na vida, mesmo com tantas dificuldades.

O livro pode ser taxado como infantil, mas trata de alguns temas bem fortes, como desigualdade social, violência, perdas, saudade, tudo isso em meio à infância. A obra mostra com intensidade o quanto sonhar, brincar são importantes quando somos crianças, o poder que um sorriso tem em afastar os problemas.

Porém, Zezé teve que crescer cedo...muito cedo..

(Assisti ao filme, e na próxima postagem falarei do mesmo.)

" Agora sabia mesmo o que era a dor. Dor não era apanhar até desmaiar. Não era cortar o pé com caco de vidro e levar pontos na farmácia. Dor era aquilo que doía o coração todinho, que a gente tinha que morrer com ela, sem poder contar para ninguém o segredo."

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

▬ Submarine (2010)

Direção: Richard Ayoade
Elenco: Noah Taylor,Paddy Considine,Craig Roberts,Yasmin Paige,Sally Hawkins

" Hoje à noite, me deparei com um texto sobre ultra-som. 
Ultra-som é uma vibração de alta frequência que é inaudível. 
Foi desenvolvido para localizar objetos submersos: 
submarinos, bombas de profundidade, Atlantis e tal.

Alguns animais, como morcegos, golfinhos e cães
podem ouvir na freqüência ultra-sônica.
Mas nenhum ser humano pode.
Ninguém realmente sabe o que alguém pensa ou sente.

O que há dentro da minha mãe?
O que há dentro do meu pai?
O que há dentro de Jordana?
Estamos todos viajando sob o radar, sem sermos detectados.
E ninguém pode fazer nada sobre isso."

Adaptação do livro do autor Joe Dunthorne ( não li a obra), Submarine tem como premissa o clássico tema do jovem desajustado que tenta entender o mundo ao seu redor, enquanto está no rito de passagem da adolescência. Apesar do tema batido, o filme se saí muito bem.

O filme retrata a vida de Oliver, um garoto de 15 anos, que olha a sua volta e tenta entender o mundo em que vive. Ele tem medo que chegar a idade adulta e olhar para trás e se arrepender de algo. Devido à isso, ele tenta planejar tudo, tanto que imagina como seria até seu próprio funeral. Tomado por essas expectativas em relação ao futuro, ele tem como objetivo dois: perder a virgindade antes do 16 e tentar consertar o casamento de seus pais que está de mal à pior. Oliver acaba por conhecer Jordana, garota por qual ele se apaixona e então tenta entender o que se passa com eles em relação ao amor.
A narrativa do filme é bem dinâmica e consegue prender o expectador, pois ela é em 1º pessoa, o que torna mais fácil criar algum elo com a história. Os temas são bem desenvolvidos, os elementos que compõem esse amadurecimento de Oliver são bem bacanas de ver e acompanhar. Logo de cara me perguntei o porque do filme se chamar Submarine, e no decorrer da trama acaba fazendo total sentido, pois ao abordar coisas sobre oceano, vida aquática dá para  fazer uma co-relação com a sua vida. Nos dois pontos do filme, tanto no namoro com Jordana quanto o casamento de seus pais, o que nos é mostrado como há tantas peculiaridades nas relações humanas e o quão incrível elas podem ser, já que talvez nunca saberemos com 100% de certeza o que a outra pessoa está pensando ou sentindo. E essa é a missão que Oliver incube a si mesmo, tenta entender um pouco disso. A trilha sonora foi feita por Alex Turner, do Arctic Monkeys, e é sensacional, sempre dando o ritmo certo e acrescentando ao drama de Oliver.  
Uma coisa da qual fiquei lembrando após terminar o filme foi sua cena final. Sério, eu achei incrível, de uma beleza ímpar, que facilmente arranca um sorriso dos lábios do expectador. Submarine vale muito a pena ser visto.
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