Direção:
Sean Penn
Roteiro:
Sean Penn
Elenco:
Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone, Catherine Keener, Vince Vaughn, Kristen Stewart, Hal Holbrook
"E também sei como é importante na vida, não necessariamente ser forte, mas sentir-se forte."
Quem já não teve vontade de algum dia chutar tudo pro alto? Abandonar o emprego, escola e demais obrigações mundanas por não aguentar mais a pressão de tudo isso. Aquela sensação de aprisionamento, falta de liberdade...
E em, Na Natureza Selvagem, conhecemos Christopher McCandless (Emile Hirsch), que acaba de se formar, tem uma boa vida em relação a dinheiro, é bem visto pelos pais, tem toda uma carreira e vida promissora pela frente, segundo os valores da sociedade. Mas para ele, tudo está fora do lugar. Ele não agüenta mais todos os dias ter que ver as mesmas coisas, a mesma falsidade, hipocrisia, o materialismo absurdo, valorização extrema das coisas supérfluas e fúteis.Cansado disso, ele larga tudo para trás, doa seu todo dinheiro a uma instituição de caridade e assim se lança no mundo, em uma viagem para conhecer a natureza, e assim rever todos os seus conceitos e reais valores do ser humano. ( Lembrando que o filme é baseado em fatos reais. E foi adaptado do livro de não-ficção de 1996, de mesmo nome, escrito por Jon krakauer, onde narrou a aventura de Christopher.)
Ao se jogar nessa jornada ele abandona sua família, e assumo um novo nome: Alexander Supertramp (Super Andarilho). Sem dinheiro, sem carro, ele passa a atravessar os EUA , a pé, pedindo carona, usando bote, trens enquanto aos poucos vai conhecendo algumas pessoas, e vai ensinando muitas coisas as mesmas, sobre essa questão da verdadeira liberdade e desapego dos bens materiais. Em contra partida ele também acaba por aprender algumas lições. É uma troca mútua de experiências.
"Se admitirmos que a vida humana pode ser regida pela razão, está destruída a possibilidade da vida."
O legal do filme é que ele faz alguns paralelos entre o passado e o presente de Chris. Quando ele saiu em sua saga, o filme passa a ser dividido em capítulos de sua nova vida. Pois olhando, é realmente isso o que aconteceu; ele ganhou uma nova vida e assim logo teria que passar por algumas etapas, nascimento, infância, maturidade, família.
Durante a sua viagem, é impossível não repensar em diversos conceitos sobre a vida. Pois à medida que o personagem vai se transformando ao conhecer aquele novo mundo, também embarcamos nisso, e eu mesmo fiquei com uma sensação que a minha vida é muito supérflua. rs
O filme é realmente impressionante. O visual, a fotografia, a impecável trilha sonora ( feita por Eddie Vedder), aliadas á um roteiro muito bem escrito, com diálogos e frases marcantes. Sean Penn que roteirizou e dirigiu o longa, mostra que tem muito potencial por de trás das câmeras. E claro, Emile Hirsch demonstra um grande talento ao interpretar o protagonista do filme, passando toda vivacidade e emoção, tudo com muita qualidade, podendo-se denotar a entrega do mesmo ao papel.
Ao final do filme, me senti em um misto de emoções, era alegria, tristeza, angustia, sorrisos, sonhos e a vida., tudo devido a grande e rica experiência que o filme nos proporciona. Logo após fazer essa postagem, acho que vou rever esse filme. Caso eu suma, é bem possível que eu tenha ido para o Alaska.
"A felicidade só é verdadeira quando compartilhada."