V de Vingança ( V for Vendetta , 1988 "HQ", 2006 "Movie" )

Após um longo tempo de espera, a editora Panini, relança o encadernado de V de Vingança.
Enfim tive a oportunidade de ler essa obra e me sentir embasbacado tamanha a perfeição e intensidade de como a história se desenvolve.
V de Vingança foi lançado originalmente no formato de graphic novel em 1988, contando com o roteiro do mestre Alan Moore e os desenhos de David Lloyd. O roteiro e desenvolvimento da trama criada por Moore é perfeita, tanto no foco principal aonde nos deparamos com os personagens "V" e Evey Hammond, tanto como nos secundários, aonde cada qual representa uma vertente de um mundo aonde a liberdade não existe mais. Se é que ela realmente existe ou existiu. Juntamente com o roteiro, a arte de Lloyd não fica por menos, criando um ambiente sombrio, noir na qual Londres é o palco de tudo, aonde o totalitarismo de seu
No decorrer da obra é difícil não se questionar se somos realmente livres? O que é a liberdade? A verdadeira liberdade?

Em 2006 a obra foi adaptada para o cinema, o filme é legal e tudo mais, só que por ser uma adaptação sempre fica faltando algo da obra original. Não que o filme tivesse que ser 100% a HQ, mas mesmo assim senti falta de algumas coisas ali, que ajudariam a dar mais consistência ao filme, já que o desfecho é um pouco diferente da HQ. Mas mesmo assim é um filme que merece ser visto, pois ele consegue pegar a mensagem principal da obra de Moore e Lloyd.

Abaixo algumas frases da obra:

"A anarquia ostenta duas faces. A de Destruidores e a de Criadores. Os Destruidores derrubam impérios, e com os destroços, os Criadores erguem Mundos Melhores."

"Não se deve contar com a minoria silenciosa, pois o silêncio é algo frágil. Um ruído alto... e está tudo acabado. O povo está amedrontado e desorganizado demais. Alguns tiveram a oportunidade de protestar, mas foram como vozes gritando no deserto. O Barulho é relativo ao silêncio que o precede. Quanto mais absoluta a quietude, mais devastadoras são as palmas."

" O povo não deve temer seu estado. O estado deve temer seu povo."

" Por baixo desta máscara não há só carne...
Por baixo desta máscara há uma ideia. 
E idéias são à prova de bala. "