Roteiro: Brian Azzarello
Arte: Eduardo Risso
A mega saga da DC, FlashPoint teve como principal objetivo servir
de elo de ligação para ocorrer o reboot, intitulado de os Novos 52. Eu acabei
comprando a saga principal ( 5 edições) e alguns especiais ( Total de 3
edições) na FestComix do ano passado, pois estavam ali por um preço bem
acessível. Pois bem, quando eu não tinha mais nada para ler, acabei pegando a
saga, que não é nada demais, mas tem seus pontos interessantes. Vou dar um
breve resumo da saga, que é escrita por Geoff Johns:
A trama tem como foco o Flash, pois o seu inimigo o Flash Reverso
consegue ter domínio sobre a força da aceleração ( que é o que permite ao Flash
ter a sua super velocidade), e como ela está ligada ao tempo, o vilão consegue
alterar a realidade para ferrar com o herói. Quando Flash desperta, vê um mundo
totalmente diferente, onde ele não tem poderes, onde ele é apenas Barry Allen.
E não foi só isso, pois várias coisas mudaram nessa nova realidade, por exemplo:
O Superman nunca viu a luz do dia, ele é capturado assim que cai na terra, e
vira cobaia do governo, Hal Jordan não é o Lanterna Verde, ele é apenas um
piloto de caça do exercito, o lanterna da Terra é Abin Sur. Aquaman e Mulher
Maravilha travam uma guerra mundial pelo domínio da terra, o que ocasiona um conflito sem proporções, onde a terra pode ser sepultada. Então Barry Allen tem as suas memórias da
realidade “normal” e lá ninguém nunca conheceu o Flash,e aos poucos conforme
passa-se o tempo nessa nova realidade, suas memórias vão sendo trocadas pelas
desta nova era, ou seja, ele tem de correr contra o tempo para ajeitar tudo de
novo, pois se não, nem ele mesmo se lembrará que foi o Flash algum dia.
Pois bem, ao ter isso como pano de fundo, alguns personagens
ganharam algumas histórias solos em 3 edições, mostrando como eles vivem nessa
realidade alternativa, como mostrando a vida de Hal Jordan como piloto apenas.
Não li a de todos os personagens, mas de longe a que mais gostei foi a do
Batman. A saga em 3 edições intitulada de Batman - O Cavaleiro da Vingança é
escrita por Azzarello e conta com a arte de Risso, dupla de 100 Balas e Batman:
Cidade Castigada. Então vamos a ela.
Quando o Barry Allen vai até a Batcaverna buscar ajuda encontra o
Batman, os dois trocam diversos socos e pontapés, pois o Batman não faz idéia
de quem ele é. Logo depois Barry faz uma observação um tanto curiosa, parece
que o Batman desta realidade é mais velho, quase como se fosse um coroa. Em
meio a porradaria ele grita:
“- Pare com isso BRUCE!” E
eis que o Batman para e indaga: “- Bruce?”.
O Flash fica com uma cara de espanto, pois não está entendendo
nada, e com isso ele o Batman observa um porta retrato, onde está a foto da
família Wayne, e logo ele liga os pontos e acaba entendo o que aconteceu com o
Batman desta realidade; No assalto no beco do Crime, quem acabou morrendo não
foram os pais, e sim o pequeno Bruce. O
Batman que está li, diante do Flash é Thomas Wayne. Tendo isso como inicio da trama, acompanhamos
uma aventura deste Batman em Gotham! Onde ele enfrenta o Coringa.
Nesta realidade o Batman é extremamente violento, onde é citado
que ele limpou a cidade, ou seja, executou a maioria dos vilões, restando
apenas o Coringa. O palhaço sequestra os filhos gêmeos de Harvey Dent, e o
Batman saí na caçada para por um ponto final nisso tudo.
Enquanto ele vai atrás
do seu maior rival, nos é mostrado toda a dor que Thomas carrega consigo, um
sentimento de culpa por não ter podido salvar o seu pequeno filho, e como foi a sua trajetória para se tornar o Batman. Como a tragédia envolvendo Bruce deixou sequelas para sempre no casal Thomas e Martha Wayne, tendo de lidar com a dor da perda. Ele acaba
descontando isso nos seus inimigos, que sofrem com a sua ira e sede de justiça.
Thomas administra um cassino, com o objetivo de atrair os criminosos para lá, e
assim poder monitorar os vilões da cidade e depois dar um fim à eles. E seu
braço direito na administração do Cassino é ninguém menos que o Pinguim. Também
ao lado do Morcego está claro James Gordon.
A caçada pelo Coringa é visceral, extremamente intensa e violenta,
e alguns dos diálogos ali são memoráveis. E há uma grata e surpreendente
surpresa envolvendo a relação entre o Homem Morcego e o Coringa, que fecha a
saga com chave de ouro já que Thomas sabe que na outra realidade, seu filho vive
então ele luta desesperadamente para que isso se torne ‘realidade’ de novo.
É uma história curta, uma reinterpretação do Mito o Batman, considero esta como uma das melhores que já li, tudo é muito bem construído
ali, e acho que essa história pode entrar na lista de uma das melhores do
Morcegão. Esta saga pode ser encontrada na Revista Ponto de Ignição Especial Nº
03 da Panini.
“ Martha: Me fale do Bruce. O que ele faz depois que nos
morremos?
Thomas: Ele... segue os passos do pai.
Martha: Vira médico?
Thomas: Não.
Martha: Meu Deus.... “
Estou um pouco afastado das revistas atuais.....Só leio e releio os clássicos. A última boa revista que li foi Batman do Kevin Smith.
ResponderExcluirabs
E acho que você faz bem Renato, dentre as atuais são poucas que se salvam, pois em sua grande maioria são histórias bem fraquinhas.
ExcluirMas está do Batman é uma exceção.
Você se refere a Cacofonia do Smith?
Abraço!
d h é,
ResponderExcluirMas que show de revista! Adorei essa do Batman!!! Será que esse material é fácil de ser encontrado?
Putz! Muito bom!!!
Tenha uma boa semana!
Abraços. Fabiano Caldeira.
Olá, Fabiano!
ExcluirEssa do Batman é bem legal!
E pode ser encontra sim:
http://www.comix.com.br/advanced_search_result.php?keywords=ponto+de+ig&x=25&y=6
Está aí o link com a maior parte da saga.
A Do Batman é a Especial Nº 3.
Abraços!