Roteiro: Guel Arraes, Jorge Furtado
Elenco: Wagner Moura, Letícia Sabatella, Andréa Beltrão, Marco Nanini, José Wilker, Vladimir Brichta, Edmilson Barros, Tonico Pereira, Bruno Garcia
" Quem não morre de seu amor, dele não merece viver. "
A lendária e trágica história de amor de Tristão e Isolda, dá o toque do filme de Guel Arraes ( Lisbela e o Prisioneiro, O Auto da Compadecida), onde diferente dos filmes citados, nos entregou um longa mais 'sério', uma verdadeira obra sobre o amor.
A trama do filme tem início quando Pedro ( Wagner Moura) que é um ator/diretor está tentando emplacar uma peça de teatro, onde ele pretende recriar a obra de Tristão e Isolda. Logo surge Ana ( Letícia Sabatella) que também tem o sonho de ser uma atriz de teatro. De cara, ambos demonstram ter uma química e com isso acabam por interpretar os personagens icônicos, que representam o amor impossível, trágico, o casal que inspirou todos os romances que conhecemos hoje. E ao interpretá-los com tamanho ímpeto, Pedro e Ana, acabam se apaixonando.
A partir daí, os dois começam a fazer uma verdadeira reflexão de como é o amor. Se romance é diferente de paixão. O amor em todas as suas formas. Eles sabem que toda história de amor é sofrida, mas ao mesmo tempo bonita. Mas na vida real, será que não daria para minimizar os riscos, menos sofrimentos e mais alegrias? E é isso que eles pretendem fazer. Apenas viver o amor e serem felizes. Mas será que isso é realmente possível? Em determinado momento Ana diz: " Tenho até medo dessa felicidade toda, parece que a gente tá desafiando o mundo. "
Conforme a história avança, vamos vendo toques da ficção entrando na vida real. A saga de Tristão e Isolda acaba servindo como uma analogia com a vida de Pedro a Ana. E isso é o grande charme do filme. Os diálogos são pura poesia, bem teatrais mesmo, ditos com todo o sentimento possível. Todos muito bem orquestrados e encaixados, deixando cada cena, cada conversa memorável. Declarações e mais declarações de amor, uma mais bonita que a outra. E ainda assim, sem perder o foco do que o filme se propõe: falar do amor.
Os atores estão ótimos e inspiradíssimos. O filme consegue emocionar, sem forçar, sem ficar aquela música alta como se nos obrigasse a abrir o berreiro. Ele emociona por si só, naturalmente. E há bons momentos de comédia, protagonizados pelo elenco de apoio, igualmente inspirados. A trilha sonora produzida por Caetano Veloso casa muito bem com todo o contexto apresentado durante a obra. E ainda sobra um tempo, para fazer uma crítica quanto a mídia, novelas, de como a arte pode ser tão rasa e 'comercial', deixando de lado a proposta original da história em prol de uma maior audiência. Acredito que seja um dos melhores filmes que eu vi relacionados ao amor, pela sua maneira única e lindíssima de tratar de um assunto tão belo e trágico.
A história de Tristão e Isolda está aí desde o Século XII, e até hoje emociona por ter dois protagonistas tão cativantes e apaixonados. Pedro e Ana chegaram agora, mas pode-se dizer que também são apaixonantes.
“Quando a gente faz uma cena de amor termina amando um pouco o outro personagem e quando a gente ama alguém de verdade também representa um pouco (...) E todo o amor é verdade e representação.”
Olá,
ResponderExcluirSou lá do DVD, Sofá e Pipoca, fazendo uma visitinha! Adorei seu blog fala de tudo que a gente gosta! :D
E se "O Profissional" é seu favorito vale lembrar que esta semana é toda dedicada ao filme. O blog vai ficar repleto de curiosidades e resenhas do clássico de Luc Besson. Também tem conteúdo especial em nossas redes sociais. Divirta-se!
Att...
As Blogueiras do Sofá!
Olá Fabiane! O blog de vocês é sensacional! Virei fã. rsrs
ExcluirE obrigado pelo elogio quanto ao me blog.
Pode deixar que irei conferir, tanto que já coloquei o blog de vocês entre os meus favoritos aqui do lado, já para não perder nada.
Um abraço.
Olá Fabiano!
ResponderExcluirEntão, os dois protagonistas estão ótimos no filme. Eles demonstram verdadeiro entusiasmo ao encarnarem seus personagens!
Quanto aos outros atores, Marco Nanini tem um papel cômico no filme, e o faz muito bem, sendo que é uma alusão e crítica de como funciona os bastidores de novelas e séries. rs
Wladimir Britcha, também tem um personagem cômico, mas que lá na frente, acaba se tornando um personagem vital na trama toda.
Gostei muito do trabalho de todos, o elenco de apoio está muito bom na obra.
Recomendo mesmo esse filme.
Abraço.
Sou fã de Guel Arraes e de todo o elenco. Nunca ouvi falar dessa filme e ele me parece interessantíssimo, ainda mais pela retomada de uma clássico revestido de modernidade! É muita a ver! A fila de filmes só cresce!
ResponderExcluirEle é um diretor e tanto, vide os trabalhos anteriores. E aqui ele não decepciona, pelo contrário!
ExcluirQuando puder assista Kleiton, é um filmaço.
Mas o problema é o tempo para tentar ver tantos filmes..rsrs
Só queria ter mais tempo para poder fazer isso.